Roteiro de viagem para Cusco – a capital do Império Inca

Plaza de armas vista de Saqsaywaman.

Quem visita Cusco normalmente se apaixona! As igrejas, casarões centenários e ruas de paralelepípedo do centro histórico parecem nos transportar no tempo. O próprio hostel em que nos hospedamos (outra vez o Loki) foi construído em um casarão de 450 anos, restaurado para abrigar o albergue. A cidade é cheia da histórias, lendas e passeios para ruínas muito bacanas e seria um desperdício usá-la apenas como base para chegar à Machu Picchu. Neste post nós mostramos um pouquinho do nosso roteiro de viagem por Cusco e passamos várias dicas do que fazer por lá durante uma viagem que pode ser adaptada para um roteiro de 3, 4, 5 ou até mais dias. Confere aí!

Roteiro de viagem para Cusco – atrações para 3, 4 e 5 dias

Conhecida como Cusco, Cuzco ou Qosqo (que no idioma quéchua significa “umbigo do mundo”), a cidade já foi a maior do Peru e por isso era considerada a mais importante durante a época, tanto que chegou a ser a capital do Império Inca.

Muito procurada por ser a porta de entrada para Machu Picchu – indo pela trilha inca ou por Águas Calientes (mais dicas neste outro post) – Cusco também tem opções de bares, restaurantes, igrejas, museus e várias outras ruínas que restaram do Império Inca após a dominação espanhola. Para visitá-las, compensa comprar o chamado Boleto Turístico, uma espécie de passaporte que sai por 130 soles e dá acesso à todas essas ruínas (exceto Machu Picchu). Ele é vendido na Secretaria de Turismo, que fica no centro da cidade, mas também pode ser comprado na entrada de cada um dos pontos de visitação, o preço é o mesmo.

O hostel onde nos hospedamos foi construído em um casarão de 450 anos, restaurado para abrigar o albergue.

O que fazer em Cusco, além de conhecer Machu Picchu?

Visite as Ruínas Incas 

Próximas da cidade, as Ruínas Incas já são uma pequena mostra do que ainda está por vir, por isso merecem fazer parte do seu roteiro de viagem por Cusco. Apesar de pequenas (se comparadas à MachuPicchu) também guardam muitas histórias interessantes, lenas e belezas que merecem ser conhecidas. São 4 sítios arqueológicos: Tambomanchay, Pukapukara, Qenqo e Saqsaywaman. Sim, os nomes são praticamente impronunciáveis, mas com o tempo você aprende. hahaha 
Pra chegar lá é possível negociar a corrida com um taxista que fique te esperando e depois te leve de uma ruína pra outra (pq é um pouquinho longe pra fazer tudo a pé), comprar um tour ou ir por conta e de ônibus circular como nós fomos. E para entrar nas ruínas você também vai precisar do Bolteto turístico que eu falei antes.  

Boleto Turístico

  • Boleto integral, com duração de 10 dias e acesso à todas as atrações (menos Machu Picchu) – 130 Soles
  • Bolteto de estudante – 70 soles (é preciso apresnetar documentação)
  • Boleto parcial – 70 soles (aduração depende do tipo de circuito turístico escolhido e varia antre 1 e 2 dias

Onde compar o Bilhete Turístico de Cusco:

Em qualquer uma das atrações inclusas no bilhete, com exceção do Museu de Arte Contemporânea e Monumento Pachacutec, ou no  Balcão Central de Galerias Turísticas – Endereço: Av. El Sol 103.

Se você quiser saber mais informações como o horário de funcionamento das atrações e do Balcão turístico, este é o link oficial do governo com todos os detalhes: http://cosituc.gob.pe/tarifario/ 

Neste post tem mais dicas detalhadas sobre as ruínas Incas. 

Saqsaywaman, a mais interessante das quatro ruínas incas que ficam próximas à Cusco

Conheça a Plaza de Armas em Cusco

É o fervo de Cusco. É ali que tudo acontece, tanto durante o dia quanto à noite. Nas ruas ao redor da raça você vai encontrar milhares de opção de agências viagem, lojas de equipamento esportivo, roupas, acessórios, restaurantes, bares bem charmosos e vários vendedores ambulantes.

É lá também que ficam as principais igrejas e museus da cidade, além do Chocomuseu – o museu o chocolate, que nós não visitamos, mas parece ser interessante.

Igreja de N.Sra. das Merces, na Plaza de Armas

 

Em Cusco, o turista pode tirar foto com as típicas cholas e filhotinhos de lhamas bem fofos…

 

…claro que pagando a boa e velha propina (gorjeta em espanhol)!

Vá até o Vale Sagrado

Maior e mais bonito que as ruínas Incas, o Vale Sagrado é constituído por ruínas e terraças localizadas um pouco mais afastadas de Cusco e em alguns locais onde hoje funcionam cidades. As ruínas são Pisaq, Urubamba, Calca, Yucay, Chinchero e Ollantaytambo, mas nem todos os passeios te levam pra conhecer todas elas. Nós mesmos só fomos para Pisaq, Urubamba e Ollantaytambo, mas não me arrependo.

Como as distâncias entre as cidades são longas, a melhor forma de conhecer a região é contratar um tour de um dia. Também dá pra ir de carro, táxi ou mesmo ônibus e passar um dia em uma das cidadezinhas pra conhecer com mais calma. Nós fomos com um tour que já emendava com o trem que vai para Machu Picchu e gostamos bastante. O trem sai de Ollantaytambo, então a principal dica pra quem visita o Vale Sagrado é já se planejar para, de lá, seguir até Machu Picchu.

As ruínas do Vale Sagrado são tão bacanas e têm tanta história pra contar, que mereceram um post só pra elas! Confere aqui, ó!

Vista de Pisaq

 

Ollantaytambo, a mais incrível de todas!

 

E claro, vá para Machu Picchu!

Mesmo depois de viajar para muitos lugares incríveis e históricos ao redor do mundo nos anos seguintes, continuo dizendo que nenhum lugar me marcou tanto quanto Machu Picchu. É até difícil explicar, mas essa foi a primeira e única vez que nós ficamos sem reação e sem fala diante de uma paisagem! Chegamos a passar uns 10 minutos parados, só olhando aquela cidade inacreditável que estava na nossa frente e sem conseguir dizer uma única palavra.. sério, foi incrível e – na minha opinião – um daqueles destinos imperdíveis pra quem curte viajar.

Mas agora que já compartilhei com vcs um pouco das nossas primeiras impressões, vamos às dicas práticas: se vc usar este roteiro de viagem para Cusco como base, terá preenchido até agora 3 dias com atrações, o que significa que se vc estiver planejando um total de 5 dias em Cusco terá mais dois para explorar Machu Picchu! Este tempo é perfeito para quem vai até a antiga cidade perdida dos Incas com um tour fechado: saindo de Ollantaytambo, é só pegar o trem que leva até Águas Calientes, a cidade de funciona como base para chegar à Machu Picchu.

Conhecida também como Machu Picchu pueblo, a cidadezinha de Águas Calientes está a 6 Km de distância da ruína, cerca de uma hora e meia de caminhada e meia hora de ônibus. Muitas pessoas passam a noite em um dos vários hotéis de Águas Calientes para seguir no dia seguinte até Machu Picchu, mas há quem prefira chegar bem cedinho e já pegar o ônibus que leva até à cidade… Aí fica à seu critério ;)

Como evitar o mal de altidude quando visitar o Peru

Chá de Coca que tomamos no hostel, em La Paz

Uma das principais dicas para quem visita cidades com muita altitude é não ter pressa para chegar aos lugares, principalmente porque o chamado mal de altitude vai te obrigar a parar a cada 5 minutos para respirar! Não tem como controlar… tem gente que sente mais e tem gente que fica de boa, mas o fato é que cidades muito altas costumam tirar o nosso fôlego.

Em algumas pessoas a falta de ar se intensifica depois de três ou quatro horas, mas em outras pode nem parecer tão forte assim. Nós tivemos alguma dificuldade para andar pela cidade, subir e descer morros, mas procurávamos sempre parar para respirar durante o percurso e respeitar nossos limites. Na primeira noite (quando ainda estávamos em La Paz), a falta de ar e a tontura aumentaram bastante e o jeito foi apelar para o chá de coca.

Muita gente tem medo porque acha que a substancia vicia, já que é a matéria-prima para a fabricação da cocaína, mas isso não tem nada a ver. A sensação é de que a coca disfarça a falta de ar ou facilita a respiração; eu não sei o que realmente acontece, mas de fato ajuda! As folhas têm um gostinho meio amargo e são bem ruins para mascar, mas quando combinadas com uma espécie de pedra/argila cinza e docinha, que as cholas vendem no mesmo saquinho da coca, até que o gosto fica um pouco “menos pior”, mas mesmo assim a língua fica adormecida.

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1 comment

Mônica 27 de novembro de 2014 - 20:48
Lindas fotos!! Quero conhecer esse lugar!
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