O frio, a garoa e a neblina da manhã ajudavam a dar o clima místico, mas não tem como negar que Machu Picchu tem uma energia diferente, boa, forte.
Às 6h30 já estávamos no parque. Empolgados pra conhecer uma das sete maravilhas do mundo moderno, paramos logo na entrada em um dos terraços e ficamos olhando. Sem falar nada por cerca de 10 minutos, só tentávamos enxergar por entre a neblina que cobria a cidade e, vez ou outra, quando ela dissipava um pouco, soltávamos uma expressão: Caramba, é enorme! Ou, isso é incrível!
Ficamos sem reação.
Quando voltamos ao nosso estado normal, começamos a andar por aqueles terraços enormes, ainda sem saber o que pensar, e descobrimos “casinhas”, escadas e caminhos muito bem cuidados e sinalizados. Aos poucos chegavam mais turistas e também pareciam não acreditar naquilo que viam: é como se você viajasse no tempo e pudesse enxergar aquela cidade funcionando e as pessoas andando de um lado para o outro, subindo e descendo as escadas, levando seus filhos na escola. (sim, existia uma escola em Machu Picchu!)
História
Acredita-se que a cidade perdida dos Incas tenha sido construída no século XV, antes dos espanhóis chegarem ao Peru, e nunca foi descoberta por eles durante a colonização do país. Segundo nosso guia, os Incas que moravam em Machu Picchu abandonaram a cidade antes que os espanhóis tomassem conhecimento de que ela existia e, graças ao difícil acesso, ela nunca foi encontrada por eles.
Só em 1911, quando um historiador norte-americano que explorava a região encontrou vestígios de ruínas naquelas montanhas, é que a cidade foi encontrada. Durante sua segunda expedição pelo Peru, Hiram Bingham conheceu um menino índio, que o levou até a encosta de uma montanha de onde era possível avistar os enormes terraços e várias estruturas de pedras cobertas pela vegetação. Como a cidade estava “perdida” ou esquecida no meio da floresta por muito tempo, as estruturas eram bem diferentes do que os turistas estão acostumados a ver hoje. Naquela época, a vegetação tomava conta de grande parte da cidade e as pedras que formavam as construções estavam amontoadas.
Nosso guia contou que 70% da cidade precisou ser reconstruída e que parte do que se vê hoje tem interferência do homem, como por exemplo os telhados de sapê, colocados sobre as casas para dar uma dimensão melhor de como seriam antigamente.
Separada em duas áreas, agrícola e urbana, Machu Picchu é composta por 72 recintos, entre eles casas, templos, uma escola, praças e até um observatório astronômico. As ruínas fazem parte de um sistema de proteção ambiental, localizado no Santuário Histórico de Machu Picchu, que tem 325,92 km² no total e abrange outras ruínas e espécies de animais em extinção. É claro que a parte explorada pelos turistas não é tão grande assim, mas é preciso ter disposição para percorrer todas aquelas ruínas e tempo disponível para aprender e apreciar o local.
Se você está planejando uma viagem para lá, não deixe de ler este outro post com 4 dicas importantes pra quem visita o local. Outra dica também é dar uma lida neste post aqui, que indica como subir as montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu.
+ Saiba como chegar a Machu Picchu
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5 comments
Olá, Ligia. Seu blog é muito interessante e possui informações importantes sobre este lindo lugar, Machu Picchu, uma das sete maravilhas do mundo. Viajarei a Cusco por duas semanas para conhecer os sítios arqueológicos e espero visitar todos. Meu principal destino turístico é Machu Picchu. Já cotei o ingresso e todo o tour..
Obrigado pela informação, Ligia.
Abraços.