Hoje o Vamos Fugir traz mais um post do nosso amigo Wyll. Após relatar seu trekking em alta montanha na cidade de Caraz, no Peru, ele conta pra gente um pouco sobre um trekking no vulcão Vilarica, no Chile.
POR WYLLYAN GIBELLI
Chegamos às 7 horas da manhã na base do vulcão Vilarica e, apesar da baixa temperatura, -10º C, o clima estava muito bom! Como nos dias anteriores, o tempo ainda estava bem ruim, a neve fofa nos acompanhou durante as mais de 4 horas de subida, mas o lado bom desse clima é que além de mais divertido, por conta das bolinhas de neve, a subida é também mais equilibrada, sem tantos escorregões e quedas.
Localizado a 2.850 metros de altitude, na Cidade de Pucon, centro-sul do Chile, o vulcão Vilarica é a principal atração da região, tanto pra quem prefere só apreciar sua beleza, quanto para quem gosta de boas aventuras. Apesar do mal tempo nos três dias anteriores, resolvemos acreditar na previsão do tempo e fechamos o passeio. Contratamos a agência Politur, que apesar de um pouco mais cara, parecia a mais profissional e acho que acertamos na escolha.
O tempo variou bastante durante toda a subida: na base da montanha estava batendo um baita vento, no meio entraram algumas nuvens que limitaram bastante a visibilidade, mas, com o passar das horas e conforme ganhávamos altitude, o tempo foi melhorando bastante.
O trekking também foi bem cansativo. Adotamos um ritmo bem tranquilo e constante de caminhada, optamos por não fazer muitas paradas e como ficávamos um pouco atrás do grupo, quando eles paravam – a cada 30 minutos – nós os alcançávamos.
Chegamos próximo ao topo quase todos juntos, estávamos em umas 20 pessoas, que apesar de serem de agências e guias diferentes, subiram pelo mesmo caminho – essa é uma das vantagens da primavera, pois no verão a trilha é muito cheia. Próximo ao topo, calçamos os grampões, que é um solado de ferro com dentes que se agarram ao gelo. É mais difícil e perigoso andar com eles, mas a dica é ir na manha e com as pernas abertas que você chega!
Enfim chegamos ao topo! Primeiro, antes da emoção de chegar, já vem aquele cheiro bom de enxofre trazido pela fumaça do vulcão, pois é um vulcão ativo. Chegar ao topo é muito bom, ver a cratera do vulcão é animal… e no fundo ainda dá pra avistar o vulcão Lanin, na Argentina, e uma série de outros vulcões. Vale como marco do desafio, mas independente de chegar ou não, a experiência é a melhor parte, o contato com a montanha, com a neve, é tudo muito bom!!
Esqui bunda
Agora chega o melhor, a descida! Sem esperar os guias sacaram tipo uma pá de plástico e nos mostraram a técnica de descida, o conhecido esqui bunda!! Puts, mais de quarto horas de subida, quase mil metros de ascensão, ou seja, um baita de um escorregador.
Até pegar a manha nós levamos uns capotes tensos, com neve na cara e dentro da roupa, mas no final de mais de uma hora de descida, não havia uma pessoa que não estava se divertindo muito!!
Ahhhh… IMPORTANTE!. Apesar de ser para iniciantes, a ascensão envolve riscos, inclusive um compatriota faleceu lá faz uns 2 anos… Não desconsidere o perigo de estar na montanha, com atenção e cuidado a aventura é muito boa!!
Mais dicas…
Apesar de realmente termos visto paisagens incríveis na primavera, as condições climáticas não foram tão favoráveis, e muitos dos mais bonitos trekkings da região ainda estavam fechados, como o Cordillera Traverse, que é um Trekking de 3 a 4 dias que sai de Pucon no Chile e vai até as proximidades de Junin de los Andes na Argentina, ou mesmo o Nahuel Huapi Traverse, que são trekkings no Parque Nacional Nahuel Huapi, em Bariloche na Argentina. Essas vias costumam ser abertas a partir da segunda quinzena de novembro. Por isso, se o objetivo da viagem for fazer trekkings, minha sugestão é ir no verão, mas a vantagem da primavera é ser a baixa estação, com as cidades mais vazias e baratas.
Preços
Cotação feita em 01-02-2015:
- Passagem São Paulo – Santiago – Puerto Monnt: R$ 1.250
- Ônibus de Puerto Monnt – Pucon (ida e volta): Empresa JAC, Cl. 9.500 = R$39,90
- Hostel Puerto Montt (não temos uma dica boa, nosso hostel era horrível!), mas os preços estão em torno de Cl. 30.000 a habitação matrimonial = R$ 126
- Trekking Parque Nacional Huerquehe: Entrada do Parque: Cl 4.000 = R$16,80
- Passeio banhos termais: entrada para as piscinas Cl. 10.000 = R$42
- Ascensão Vulcão Villarica: Ch. 50.000 por pessoa = R$210
- Refeições: Gostamos muito de um restaurante chamado Club 77, na rua central da cidade, a refeição sai uns Cl. 7.000 = R$29,40
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