Você pode estar se perguntando: mas por que raios eles foram pra Arica? Essa cidade não é destino comum dos mochileiros, é?
Na verdade, colocamos Arica no nosso roteiro por uma questão estratégica: os pontos altos do nosso mochilão eram La Paz, Cusco e San Pedro de Atacama (incluindo o Salar do Uyuni), mas a viagem de ônibus entre Cusco e San Pedro era muito longa e cansativa (mais de 12h). Pensamos em ir de avião, mas sairia bem mais caro. Cogitamos parar em Arequipa (que é mais procurada), mas isso levaria mais tempo do que tínhamos disponível e ainda continuaríamos longe demais do Atacama. A solução, então, foi parar em Arica e depois em Iquique, assim poderíamos aproveitar um pouquinho da praia, desacelerar o ritmo puxado que adotamos até então e ainda comemorar nosso aniversário de namoro com mais tranquilidade. E a escolha foi boa!
Arica, a primeira cidade da costa oeste do Chile, é pequena, charmosa, turística, e tem vida fora da temporada do verão. Ficamos em um hostel chamado Arica Surf House, muito frequentado pelos surfistas que procuram a cidade pela fama das boas ondas. O preço desse albergue é um pouco acima dos outros, mas vale a pena por que tem um café da manhã bem gostoso, o quarto é confortável e os banheiros muito limpos.
O que fazer em Arica
A cidade é famosa por ter ondas grandes e ótimas para o surfe, mas a principal atração da região é o Parque Nacional Lauca, uma reserva ambiental com fauna e flora riquíssimas e paisagens maravilhosas. É lá que ficam os vulcões Parinacota e Pomerape, conhecidos como gêmeos Payachatas, e o lago Chungará, o mais alto do mundo, com 4.520 metros de altitude. Por lá também é possível encontrar vestígios de comunidades indígenas de até 9 mil anos.
Como a viagem de Arica até o Parque é longa – 3 horas – nós infelizmente não conseguimos visitá-lo por falta de tempo. =(
Se você também não tiver tempo suficiente para conhecer o parque e nem for surfista, como é o nosso caso, uma dica de programa bem legal (e barato) é alugar uma bike e pedalar pela orla para conhecer as praias e a cidade. Outra atração interessante é subir o famoso morro de Arica para conhecer o antigo forte de guerra que hoje funciona como museu e apreciar a vista panorâmica e a incrível mistura de deserto e praia. (Uma curiosidade interessante: em maio de 2014, crianças que faziam uma excursão escolar pelo local encontraram, sem querer, uma múmia de 7 mil anos! Leia a matéria neste link)
À noite dá pra tomar uma cerveja local em um dos bares ou lanchonetes do calçadão Paseo Principal 21 de Mayo, no centro da cidade.
Como chegar a Arica
Saindo de Cusco (como nós fizemos) ou de qualquer parte do Peru, é preciso pegar um ônibus até Tacna, cruzar a fronteira para o Chile, e depois embarcar em outro ônibus (ou táxi) até Arica. No nosso caso, um taxista nos abordou na rodoviária de Tacna e ofereceu a viagem por 3 mil pesos por pessoa (R$ 13). Como já tínhamos lido em alguns blogs e até no guia da América do Sul que essa prática era comum – e até estratégica, já que ele nos esperava passar a fronteira para o Chile e depois nos deixava no endereço desejado – aceitamos. Mas aí vai uma dica importante e que vale para todo o seu mochilão pela América do Sul: combine o preço antes de embarcar no táxi, para não correr o risco de pagar mais caro depois.
Combinamos com o taxista que ele nos deixaria na rodoviária de Arica. Nossa intenção era já comprar a passagem para nosso próximo destino, Iquique, e assim não seria preciso gastar tempo e dinheiro para ir até lá novamente e nem correr o risco de não encontrar poltrona disponível no dia e horário desejados. Aliás, essa é mais uma dica importante se você realmente quiser economizar tempo e dinheiro.
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