7 dicas fundamentais para quem visita o Salar do Uyuni

Visitamos o Salar do Uyuni em abril de 2013, em uma travessia de jipe que saiu de San Pedro do Atacama e durou três dias. Passamos por montanhas nevadas, geiseres, vulcões, vimos centenas de flamingos, montanhas coloridas e até um lago cor de rosa (!). A aventura foi inesquecível e valeu cada centavo, mas se você está planejando fazer esse mesmo passeio, é bom ir preparado e saber que vai enfrentar determinadas situações que podem incomodar.

Confira nossas principais dicas para visitar o Salar do Uyuni

1 – Cuidado com o mal de altitude

A região está a mais de 3.600 metros acima do nível do mar, por isso é comum sentir tonturas, mal estar e até mesmo enjoos durante o percurso, principalmente no primeiro dia. Mas não se desespere, é sempre bom pedir ajuda para o guia e não fazer esforços excessivos. Neste outro post falamos mais sobre isso.

2 – Banho é luxo

Outro ponto que incomoda é que no alojamento do primeiro dia não há chuveiros, portanto, você vai ficar um dia sem tomar banho. Confesso que a situação não é das mais agradáveis, mas a dica é se preparar psicologicamente e encarar (até porque, um dia sem banho não mata ninguém né?!). No segundo dia, já no albergue de sal, a vantagem é que existe chuveiro, mas são só dois e nada garante que a água será quente. Como o lugar é abastecido por um gerador que só fica ligado das 18h às 22h, assim que chegamos, todas as meninas começaram a tomar banho primeiro, mas a água ainda não estava esquentando! =( Quando quase todas terminaram e os meninos começaram, adivinha? A Água esquentou! hahaha
Mas ok, foi um dos melhores banhos gelados da vida!

A piscina natural quente é a única opção de “banho” no primeiro dia de passeio

3 – Faz muito frio

Apesar de ser no meio do deserto, a temperatura não é tão alta e à noite sempre esfria muito, muito mesmo, o que pode ser um incômodo na hora de dormir. A dica é usar a famosa estratégia da cebola e se vestir em camadas para poder tirar conforme sentir calor. Outra tática que usamos foi dormir juntos na cama de solteiro, assim ficamos abraçadinhos e não sentimos nem um pouquinho de frio. Ah como é bom viajar de casal! S2 hahaha

Laguna Colorada

4 – Quartos e banheiros compartilhados

Pra quem está acostumado a ficar em albergue, isso não é problema nenhum, mas vale avisar pra quem não está tão familiarizado. As duas hospedagens têm quartos e banheiros compartilhados, mas tudo funciona muito bem, já que todos os hóspedes são seus companheiros de passeio e o ritmo acaba sendo o mesmo (todo mundo janta, conversa um pouco e dorme logo pra acordar cedo no dia seguinte).

Albergue de sal

5 – A comida é simples

O café da manhã e o jantar são preparados no próprio alojamento e são básicos, mas bem gostosos e suficientes, normalmente uma macarronada ou uma sopa à noite e pão, bolo, café e leite de manhã.

Já o almoço é feito pelo próprio guia entre uma parada e outra do Jipe. Eles levam todo o equipamento: panela de arroz, utensílios como talheres, copos e pratos, refrigerantes e latas de milho e atum. A comida era basicamente salada de tomate, pepino, milho, abacate (que eles adoram), queijo branco, legumes em conserva, arroz, atum enlatado e Coca Cola. Tudo bem simples, mas muito gostoso e, pra falar a verdade, era um verdadeiro banquete diante da fome que sentíamos. hahaha O fato é que não dá pra ser muito fresco nem restrito para fazer um passeio desses…
Outra dica bacana é levar uns lanchinhos para comer durante o dia, pq não tem NADA no meio do caminho e com certeza você vai sentir fome entre uma refeição e outra. Frutas, barras de cereal, chocolate ou bolachas são boas opções.

6 – Sujos e salgados

O passeio de jipe termina na cidade de Uyuni, que pra ser sincera não tem muito o que fazer. Nós (e a maioria dos mochileiros que estavam com a gente) não reservamos hotel e nem pretendíamos passar a noite lá, por isso não tínhamos onde tomar banho, mas estávamos imundos e salgados! hahaha Passamos grande parte do dia no Salar do Uyuni, tirando fotos, brincando e literalmente nos esponjando naquele chão de sal.
A saída que encontramos, e uma boa dica pra quem pretende fazer esse passeio, foi pedir pra tomar banho em um albergue que encontramos na avenida principal da cidade, e pagar por isso, é claro – mas foram os 10 bolivianos mais bem gastos da viagem! A estratégia foi tão boa, principalmente porque seguimos viagem para La Paz e passamos a madruga toda dentro do ônibus. Se estivéssemos sujos e cheios de sal, a viagem seria muito mais desconfortável e cansativa.

7 – Como ir de Uyuni para La Paz

Antes de encontrar o albergue para tomar banho, passamos em uma agência de viagem, também na avenida principal, e compramos a passagem pra La Paz no chamado ônibus turístico (230 bs = RS 88,87), mas a única diferença é que eles servem um jantar e um café da manhã. Como a viagem é bem longa (10 horas), cogitamos ir de avião, mas o preço não compensava. O conforto desse busão não é lá essas coisas, mas a vantagem é que ele não para de rodoviária em rodoviária para pegar novos passageiros.

De qualquer forma, vale avisar que esse trajeto é bem roots, eu diria até que foi o mais “aventureiro” de todo nosso mochilão, pois o caminho é constituído por muitas estradas de terra e, acreditem, o ônibus passa até por dentro de rios! hahaha

Outro post que você também vai gostar:

A incrível travessia entre o Atacama e o Salar do Uyuni

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