Com ruas de terra, o centrinho de San Pedro de Atacama é bem pequeno e muito fácil de percorrer a pé, por isso grande parte dos mochileiros vai batendo de albergue em albergue até achar a hospedagem ideal. Nós fizemos isso… entramos em vários hostels, perguntamos sobre os serviços e comparamos os preços. Para nossa surpresa (e desespero) os albergues por lá eram muito mais caros que os outros que havíamos ficado até então. Depois de andar bastante com a mochila pesando nas costas, encontramos um hostel que era um pouco mais barato que os outros e tinha uma área externa linda, ou seja, parecia ter um bom custo benefício! Parecia…
Só no dia seguinte, quando já tínhamos feito o pagamento e dormido a primeira noite, percebemos que não observamos o suficiente. Os quartos até que eram bons, mas o que não vimos logo de cara é que as cobertas não viam água há algum tempo! Logo percebemos que a higiene não era o forte daquele lugar e os banheiros também não ficavam muito atrás.
Na cozinha, havia muita louça suja na pia, um resto de detergente e nada de bucha para lavar ao menos uma colher. Nós compramos cereal para comer no café da manhã e, com muita sorte, conseguimos achar dois potinhos que pareciam limpos.
Preocupados com o orçamento, nos deixamos levar pela economia, mas hoje, avaliando o valor que pagamos e a qualidade dos serviços, percebemos que o custo benefício não era tão bom assim e que talvez fosse melhor pagar um pouco mais e ter mais conforto (e higiene). Outra lição importante que aprendemos é nunca esquecer de olhar TODO o hostel (principalmente a cozinha, se vc pretende cozinhar) antes de fechar negócio!
Depois de ler tudo isso você deve estar pensando: “Me passa o nome desse albergue, porque eu nunca vou ficar lá!”. Veja bem, o objetivo principal deste post não foi falar mal do albergue que ficamos, mas usar essa experiência negativa para mostrar que durante um mochilão você está sujeito à isso. Não digo que não recomendo este ou outro hostel (até porque cada experiência é única e você pode dar mais sorte que a gente), mas aconselho que fique bem atento aos banheiros, cozinha e roupas de cama sempre que for escolher uma hospedagem.
Apesar desses pontos negativos, nossa estadia em San Pedro do Atacama foi muito boa! Conhecemos lugares incríveis, tomamos pisco sauer sentados em torno de uma fogueira, comemos (até que enfim) uma pizza boa, conhecemos pessoas e nos divertimos muito!
Neste outro post falamos também sobre o que fazer no Deserto do Atacama.
Como chegar em San Pedro do Atacama
Com cerca de 3 mil habitantes, San Pedro do Atacama vive do turismo e para o turismo. A cidade, que é base para quem visita o deserto, tem casas de barro, ruas de terra e até uma igreja com telhado de cacto (cardón) e, apesar de pequena, reúne ainda restaurantes, albergues, hotéis de luxo, lojas e agências de viagem. Tanto quem vai de ônibus quanto quem viaja de avião precisa desembarcar em Calama, cidade a 102 Km de distância de San Pedro, e depois seguir para lá de carro, ônibus ou taxi.
Nós embarcamos no ônibus em Iquique e viajamos até Calama, onde passamos 2 horas esperando durante a madrugada, e depois seguimos para San Pedro, no mesmo ônibus, onde chegamos bem cedinho.
Percursos:
Iquique – Calama: 8h
Calama – San Pedro: 2h
—- > Leia também o nosso O Guia completo para montar seu roteiro de viagem pelo Deserto do Atacama!
Seguro viagem para o deserto do Atacama
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