Como já contei no post Mochilão aos 50, meus pais fizera uma viagem muito bacana de 20 dias por várias regiões da Itália. Ao todo foram 19 cidades visitadas, muito pontos turísticos históricos, paisagens lindas, comidas deliciosas e muita história pra contar.
Neste post vamos compartilhar com vocês o roteiro que eles fizeram e dar dicas sobre os locais visitados e os meios de transporte usados para se locomover por lá.
Por Mônica e Renato Antoniazzi
Nós já tínhamos o sonho de conhecer a Itália desde quando nos casamos, há 28 anos. Veneza e Toscana eram os dois pontos principais, mas quando começamos a pesquisar mais sobre a viagem – 6 meses antes de embarcar – vimos que teríamos tempo suficiente pra conhecer outros lugares e foi aí que começou, de fato, nosso planejamento.
Consultamos agências de viagem para conhecer os pacotes, ter algumas ideias e saber quais eram os pontos mais visitados. Pesquisamos também em muitos blogs, guias de viagem e roteiros de mochileiros, foi aí que percebemos que seria possível – e até menos corrido – fazer tudo por nossa conta, comprando ingressos de algumas atrações pela internet, viajando entre as cidades com o trem de alta velocidade e seguindo nosso próprio roteiro, que ficou assim:
Milão – 3 diárias
Verona – 1 diária
Veneza – 2 diárias
Bolonha – 1 diária
Florença – 3 diárias
Nápoles – 1 diária
Sorrento – 2 diárias
Roma – 4 diárias
Milão
Durante nossa estadia, conhecemos muitos pontos turísticos, entre eles o centro histórico da cidade, onde fica a Catedral (Duomo de Milão), visitamos um castelo medieval e ainda passamos pelo famoso quadrilátero da moda – tudo isso a pé!
No dia seguinte, aproveitamos para fazer um bate volta até Como, famosa pelo lago e suas belas paisagens. No terceiro dia, pegamos o trem na estação de Milão, que aliás é muito bonita, e seguimos para Verona.
Verona
A terra de Romeu e Julieta foi uma surpresa pra nós… Era muito mais preservada, bonita, medieval e romântica do que esperávamos! Por ser pequena, também fizemos tudo a pé. Conhecemos a Arena de Verona, um anfiteatro romano que parece o Coliseu, a Casa da Julieta, o Castelvecchio e a típica Piazza Erbe.
Veneza
Nossa primeira impressão de Veneza não foi das melhores: a cidade estava tão cheia que mal dava para enxergá-la e tinha filas em todos os lugares. Mais tarde, quando os turistas de bate e volta já tinham ido embora, a cidade ficou muito mais tranquila e agradável, por isso, nossa principal dica é se hospedar em Veneza, pois, apesar de caro, é muito mais proveitoso. Conhecemos todos os pontos turísticos da cidade, andamos de gondola (o que é bem caro, mas faz parte) e ainda fomos até Murano.
Pra quem tiver interesse, neste link você vai encontrar várias opções de passeios em Veneza, já com os preços e itinerário do dia. É uma opção legal para quem já quiser sair do Brasil com tudo certinho e também evitar as filas na hora de entrar nos lugares.
Bolonha
Outra cidade com construções medievais bem preservadas, Bolonha tem um centro histórico muito charmoso, castelos medievais e a praça do Netuno, que foi o ponto alto da nossa visita. Demos a sorte de presenciar um festival de cinema antigo ao ar livre, saboreando um autêntico pão italiano com chopp.
Florença
Foi o lugar mais bonito que visitamos. Construídos em mármore rosa, verde e branco, os detalhes do Duomo de Florença, somados ao Campanário e ao Batistério, são tantos e tão bonitos que daria para ficar o dia todo observando. Além disso, o Museu de arte Uffizi, a Ponte Vecchio, o Castel Vecchio, os Jardins de Boboli, a praça e la Signoria e o Palácio Pitti com seus jardins são muito interessantes e valem a visita.
Neste link também tem algumas outras opções de passeios bem interessantes por lá, já com os preços.
Ainda hospedados em Florença, fizemos um passeio de trem, de um dia, até Pisa e Lucca. No dia seguinte, alugamos um carro e seguimos até o interior da Toscana para conhecer suas paisagens encantadoras. Passamos por San Gimignano, Siena, Montalcino, Montepulciano, Cortona e voltamos para Florença (tudo em um dia só). Ai vai mais uma dica: separe mais tempo para a Toscana! Toda essa maratona foi muito cansativa e merecia uma viagem à parte.
Nápoles
Em Nápoles tivemos um choque de regionalismo. Aquele esteriótipo de que os italianos são barulhentos e expansivos ficou muito claro ali. A cidade é bonita, mas não tão preservada nem limpa quanto as outras que havíamos conhecido até então.
Sorrento
Pegamos um trem regional para Sorrento e, no caminho, passamos ao lado do vulcão Vesúvio, que domina a paisagem local e impressiona. Infelizmente, decidimos não parar em Pompéia, a cidade soterrada pelo vulcão, mas nos arrependemos bastante.
Já no litoral, fomos de ônibus conhecer Positano, na Costa Amalfitana, com suas paisagens cinematográficas – o que, por si só, já vale uma única viagem. No dia seguinte, pegamos um barco em Sorrento para conhecer a ilha de Capri, que tem uma arquitetura mediterrânea muito bonita e visitamos também a famosa Gruta Azul.
Roma
Depois de 15 dias e já no final da viagem, chegamos em Roma já muito cansados. Mesmo assim, essa era a cereja do bolo, o berço da civilização romana e uma aula de história a céu aberto, então seguimos em frente, com energia renovada. Conhecemos o vaticano – e vimos o Papa! -, o Museu do Vaticano, o Coliseu, o Fórum Romano (3 mil anos de história!), o Panteon, a Praça de Espanha, Trastevere, a Fontana de Trevi, entre muitos outros pontos turísticos e históricos. Roma é uma cidade fascinante!
Olha só a quantidade de coisa que ainda tem pra fazer por lá: este link tem vários passeios e combos guiados que podem ajudar muito a planejar sua viagem.
Pegamos o trem de volta para Milão e, como nosso voo para o Brasil saía de lá, passamos a noite no aeroporto. Hoje percebemos que esse foi o nosso maior erro, já que a viagem de volta ficou muito cansativa. Acho que valia ter ficado mais uma noite em algum hotel ou ter comprado a passagem de volta partindo de Roma, pois o valor não seria muito maior do que o que gastamos com o trem.
*Obs: todos os passeios que você viu linkados aqui neste post são vendidos pela GetYourGuide, uma empresa europeia que tem tradição em venda de tickets turísticos pela internet e é famosa por evitar que o viajante pegue filas na hora de entrar nos pontos turísticos. Nós do Vamos Fugir temos uma parceria com eles e super indicamos o trabalho, já que facilita muito a vida do viajante e é seguro. Mas só para deixar tudo bem claro para nossos leitores, é importante dizer que para cada ticket vendido por meio do nosso blog, nós recebemos uma comissão (mas o preço é o mesmo para vc) e é isso que mantém o nosso trabalho. Por isso, se você gostou do texto, vai aproveitar as dicas e gostaria de retribuir essa ajuda de aluma forma, essa é a melhor maneira! Assim você já resolve sua viagem e ainda nos ajuda a continuar com o trabalho aqui no blog. =)
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13 comments
Oi Kelly, a real é q depende muito do seu estilo. Mala de rodinha facilita pra carregar, principalmente em superfícies planas. Mas na hr de algum obstáculo, como calçadas, escadas etc fica mais difícil. Apesar do peso nas gostas eu não descarto a praticidade do meu Mochilão ;) hehe…