Por que viajar faz tanto sentido?

Com 15 anos abri mão de uma festa digna de princesa e escolhi viajar. Foi minha primeira viagem para fora do Brasil e fui pra Argentina com minhas três melhores amigas de infância. Nessa época, eu já entendia o quanto gostava de viajar e sabia que o mundo era muito maior que as cidades que já tinha conhecido. Mas ainda era muito cedo pra eu entender o quanto essa visão seria importante e como acrescentaria na minha vida. Só sei que depois dessa viagem alguma coisa mudou dentro de mim e nunca mais voltou ao normal.

Logo vieram as viagens em família e a sensação de mudança só aumentava. Meus pais sempre curtiram pegar o carro com um destino final em mente e traçar um roteiro pra parar em várias cidades pelo caminho. Foi assim que conhecemos Brasília, Caldas Novas, Goiânia e muitas outras cidades brasileiras. Em 2010, quando eu tinha 16 anos, nós (eu, meu irmão, meu pai e minha mãe) fizemos uma das melhores viagens da minha vida até hoje. Durante um mês na estrada, passamos por várias cidades entre Ubatuba e Itacaré, na Bahia. Mas o melhor de tudo é que nós estávamos acampando! Já dá pra imaginar o quanto foi bacana né? Pra ter uma ideia, essa trip me ajudou até nas provas de geografia e história do vestibular. haha

E por falar nisso, até na hora de escolher uma profissão a viagem me influenciou. Antigamente (parece coisa de velho, mas nem faz tanto tempo assim), nossos roteiros eram traçados com base do Guia 4 Rodas e eu amava ler tudo que estava escrito lá! Já imaginou trabalhar escrevendo aquilo? Quem será que são esses sortudos? Eu quero fazer isso da minha vida! Pesquisei e descobri que aqueles seres iluminados eram jornalistas. E não restou mais dúvida! (anos depois, descobri que nessa profissão nem tudo são flores como eu imaginava, mas isso são outros quinhentos, deixa quieto! rs)

No terceiro ano da faculdade encanei que queria fazer intercâmbio. Pensava que se não fizesse naquele momento não conseguiria mais, porque ia começar a trabalhar, só teria férias uma vez por ano e tudo seria muito mais difícil, e de fato foi. Sorte que eu tive essa ideia logo! No reveillon de 2012 embarquei para a Nova Zelândia, com medo, insegura, mas extremamente feliz. Feliz não só com a viagem em si, mas com aquele frio na barriga de encarar um desafio completamente novo, sozinha, do outro lado do mundo, em outra língua, e por saber que eu ia conseguir.

Mas o que eu não sabia era o quanto essa viagem seria importante pra consolidar tudo aquilo que eu já tinha vivenciado antes, dessa vez com mais intensidade. Logo no primeiro dia em terras kiwis, reencontrei aquela coisinha que vinha mudando e crescendo aos poucos dentro de mim. Há quem chame essa coisinha de “bichinho da viagem”, wanderlust, inquietação ou até vício. O fato é que, seja lá qual for seu nome, ela não desgrudou nem um segundo de mim e foi se tornando cada vez mais conhecida, amiga e companheira.

Logo que voltei do intercâmbio comecei a namorar o Ulisses e percebi que ele partilhava do mesmo sentimento, mas ainda em uma escala mais moderada. haha Menos de um ano depois, fizemos nosso mochilão pela América do Sul, o primeiro mochilão juntos e o primeiro da vida de cada um. E adivinha? À medida que a viagem ia avançando e que conseguíamos dominar o que até então era desconhecido, a tal da coisinha foi ganhando força, se estabelecendo e se fortalecendo dentro de cada um. Como se aquela paixão de adolescente  tivesse amadurecido e se transformado em amor. *-*

Você também já sentiu algo desse tipo? Ama tanto viajar quanto eu? Será um vício? Falta de controle? Insatisfação com a rotina? Sei lá, acho que no meu caso é uma vontade incontrolável de viver

+ Não deixe de ler também o post “O que aprendi com o mochilão”

Related posts

Seguro viagem: qual é o melhor e como escolher?

O que levar para viagem internacional: 10 itens essenciais

Chip internacional para viagem: A Casa do Chip vale a pena?

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Read More