Como e por que conhecer o Vale Sagrado dos Incas, em Cusco?

Vale Sagrado dos Incas

Quem vai para Cusco, no Peru, obviamente tem como objetivo principal conhecer Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas que é tida como uma das 7 maravilhas modernas. Mas, ao contrário do que algumas pessoas pensam, Cusco não é só a base para chegar à MP, ela também tem muitos outros passeios super interessantes e que com certeza valem a visita. Uma das opções é o Vale Sagrado dos Incas, um conjunto de sítios arqueológicos e ruínas enormes, incrivelmente planejados e construídos há 3 séculos.

passeio ao Vale Sagrado dos Incas

Machu Picchu

Como ir ao Vale Sagrado?

Para chegar até lá você pode escolher entre contratar um táxi que passe o dia com você, ir de forma independente e andar de ônibus circular entre as cidades que compõem o Vale Sagrado (neste caso é melhor passar a noite em uma das cidades) ou comprar uma das excursões oferecidas nas milhões de agências de Cusco. Na maioria das vezes, essas excursões levam o dia todo, mas você também pode optar por comprar um combo que te dá direito a seguir para Machu Picchu assim que o passeio guiado pela última ruína (Ollantaytambo) terminar. E foi essa opção que nós escolhemos.

Como já dissemos no post sobre Como chegar em Machu Picchu, esse combo saiu por 225 dólares por pessoa (na época o dólar estava R$2,10) e incluía: Ônibus turístico pelo Vale Sagrado dos Incas + guia no Vale Sagrado + almoço + trem ida e volta para Águas Calientes + hotel em AC (sem café da manhã) + entrada MP + guia MP + transporte para Cusco até o hotel. Pode parecer um pouco caro, mas nós achamos que no final compensou bastante porque não tínhamos muito tempo pra conhecer tudo e, principalmente, porque o pacote incluía o guia: como nas ruínas não existem muitas placas explicativas, se você não tiver alguém pra te contar a história e te passar informações básicas daquele local, o passeio não vai fazer o menor sentido. #ficadica

passeio ao Vale Sagrado dos Incas

O único ponto negativo desse pacote – mas que não nos atrapalhou em nada – é o “esquemão” tradicional da excursão em grupo que às vezes enche o saco. Tivemos que almoçar no restaurante que eles nos levaram, na hora pré-estabelecida, esperar alguns atrasadinhos e ainda parar em algumas lojas de jóias que tinham parceria com a agência. Mas ok, era só não comprar nada. hahaha Pra quem não se importa com isso, essa excursão é uma ótima opção.

Como é o passeio ao Vale Sagrado dos Incas?

Pisaq

A apenas 30 Km de Cusco, a primeira cidadezinha é Pisaq, onde existem feiras tradicionais de artesanato local. Por lá você vai encontrar muitos itens feitos de pelo de lhama, como luvas, gorros, cachecóis e blusas, além de  todo tipo de suvenir temático que você imaginar. Apesar de ser um pouquinho mais cara, a feira é bem interessante. Terminada a visita, nossa excursão seguiu para a ruína arqueológica de mesmo nome, um lugar gigantesco que abriga muitos terraços (aqueles degraus usados pelos Incas para a agricultura), um cemitério e ainda uma vista incrível do vale do rio Urubamba.

Esses buracos na montanha funcionavam como tumbas onde os mortos eram enterrados

Os terraços Incas

Urubamba

Já a 78 Km de Cusco, a cidade fica situada na base das montanhas Chicón e Pumahuanca. Pelo que dizem, o lugarejo tem várias opções de turismo de aventura e dá até pra fazer rafiting pelo rio Urubamba, mas infelizmente nós só pudemos almoçar e seguir viagem.

Ollantaytambo

Essa é a maior, mais impressionante e mais preservada de todas as ruínas do Vale Sagrado. Por ali é possível identificar que eram desenvolvidas atividades agrícolas (por causa dos terraços), administrativas, sociais, religiosas e militares (dá pra ver uma espécie de posto de guarda). A cidade lá embaixo é uma graça e também preserva algumas Das técnicas geniais de arquitetura dos Incas, por isso merece ser visitada.

A canaleta que coleta água da chuva é herança dos Incas, mas continua sendo utilizada na cidade

Quando nos deparamos com aquele paredão de construções em pedra, ficamos maravilhados. O guia nos explicou que o tipo de rocha usada para construir a cidade só era encontrada a alguns quilômetros dali e que os Incas trabalhavam essas pedras antes de transportá-las, deixando sulcos que facilitavam a manipulação e a amarração de cordas. Como se não bastasse, ele ainda nos explicou que para conseguir o encaixe perfeito de uma pedra na outra os Incas friccionavam uma mistura de água e areia e depois encaixavam as rochas, como se fossem tijolos, e cimento. Muito interessante né?!

Lembro que o nosso principal comentário era: isso aqui é incrível! Se aqui já é tão grande e tão inacreditável, como será que é Machu Picchu? Será que é tão maior assim? Será que as histórias são tão impressionantes? Mal sabíamos que aquilo era só uma amostra do que ainda estava por vir…

Outras cidadezinhas

Além das cidades que já falamos, outras três também fazem parte do Vale Sagrado dos Incas: Calca, onde fica o sítio arqueológico Huchuy Qosqo e os banhos medicinais de Machacancha e Minasmoqo; Yucay, que abriga o Palácio del Inca Sayri Tupac; e Chinchero, um pequeno povoado indígena com influências andinas e hispânicas, mas nem todas as excursões as visitam (foi o nosso caso).

Principal dica:

Procure conhecer todas as ruínas próximas à Cusco antes de ir para Machu Picchu, assim você vai se impressionando aos poucos, curtindo cada uma delas e deixa a cereja do bolo para o final!

Olha aí nosso vídeo pra te inspirar:

Preços e percursos:

Passeio Vale Sagrado – US$225 (na época, 2013 = R$496)

Boleto Turístico – todas as ruínas cobram uma taxa de entrada, que já está incluída no boleto turístico:

  • Boleto integral, com duração de 10 dias e acesso à todas as atrações (menos Machu Picchu) – 130 Soles
  • Bolteto de estudante – 70 soles (é preciso apresnetar documentação)
  • Boleto parcial – 70 soles (aduração depende do tipo de circuito turístico escolhido e varia antre 1 e 2 dias

Onde compar o Bilhete Turístico de Cusco:

Em qualquer uma das atrações inclusas no bilhete, com exceção do Museu de Arte Contemporânea e Monumento Pachacutec, ou no  Balcão Central de Galerias Turísticas – Endereço: Av. El Sol 103.

Se você quiser saber mais informações como o horário de funcionamento das atrações e do Balcão turístico, este é o link oficial do governo com todos os detalhes: http://cosituc.gob.pe/tarifario/ 

Tempo de passeio – 8h às 16h (horário de pegar o trem para Machu Picchu e seguir para Águas Calientes)

+ Veja 4 dicas fundamentais pra visitar Machu Picchu

+ Confira todas as dicas para subir as montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu

Quando for reservar seu hotel, albergue, camping ou pousada, não esqueça de usar a caixinha do booking.com que está ali no canto direito do blog ou este banner aqui em cima! Para cada reserva feita por aqui, o Vamos Fugir recebe uma pequena comissão e você não paga nem um centavo a mais!
Se você gosta das nossas dicas, esta é uma ótima forma de retribuir e ajudar o blog a continuar bombado! Dá uma força aí! =)

Related posts

O que fazer no Deserto do Atacama? – O Guia completo para montar seu roteiro de viagem

Viagem para Machu Picchu: tudo que vc precisa saber para planejar seu roteiro!

Passeio de bike pelo Cerro San Cristobal, em Santiago