Nos últimos dias do nosso mochilão, depois de ter passado por tantos lugares sensacionais e já um pouco cansados, visitamos o Lago Titicaca, um dos cartões postais da Bolívia. Aproveitamos para descansar em um hotel que parecia ter caído do céu (de tão barato que era) e exercitamos o corpo em mais uma trilha com paisagens lindas, desta vez na Ilha do Sol. Neste post nós separamos as principais dicas que você precisa saber para visitar a região. Confere aí:
O que fazer no Lago Titicaca?
A 3.812 metros acima do nível do mar, o Titicaca é considerado o maior lago da América do Sul e também o navegável mais alto do mundo. Ele está bem na fronteira entre a Bolívia e o Peru e tem paisagens lindas que chegam a lembrar a Europa, com direito a vista para montanhas nevadas ao fundo. As cidades mais famosas e muito procuradas pelos mochileiros são Copacabana (do lado boliviano) e Puno (no peruano), com atrações muito interessantes e diferentes entre si. Por isso, se tiver um tempinho ou conseguir se planejar antes de ir, vale reservar uns 2 ou 3 dias para cada uma.
Copacabana e a Ilha do Sol
A cidade é bem pequena e vive praticamente para o turismo, por isso é muito fácil encontrar agências, restaurantes, bares, lojas e hotéis. Nossa dica é (se você não for em uma ápoca muito cheia) não planejar nada antes e deixar para resolver tudo por lá, desde a escolha do hotel até a compra do passeio, por que você pode encontrar preços melhores (como no nosso caso).
O passeio mais interessante da região é a Ilha do Sol, onde tudo começou. Calma, não tô falando da música do Netinho! É que, segundo as lendas, este é o local onde surgiu a população inca.
Para chegar até lá é só negociar em uma das agências de Copacabana e sair bem cedinho de barco. Nós escolhemos a opção com guia (o que recomendo), então pagamos algo em torno de 50 bolivianos por pessoa.
Já na ilha, o guia te leva para conhecer as ruínas e conta um pocou da história de cada uma delas, além de falar sobre os rituais que eram realizados por ali. Na volta, quem quiser pode seguir com o barco ou, se tiver mais disposição, voltar a pé por uma trilha de 3h que liga o norte ao sul da ilha e tem paisagens sensacionais. Claro que nós escolhemos a segunda opção… e olha o quanto valeu a pena:
#dica 1: um dia é suficiente pra conhecer a Ilha.
#dica 2: se preferir passar a noite por lá, vá preparado para encontrar poucos hotéis e opções bem simples.
#dica 3: Leve lanche se for fazer a trilha
#dica 4: À noite faz frio!
Observação pra quem fez a mesma pergunta que eu: Sim, o nome de Copacabana tem a ver com o Rio de Janeiro. É na cidade boliviana que está a imagem e a catedral de Nossa Senhora de Copacabana que, aliás, é a padroeira da Bolívia. Segundo relatos históricos, no século XIX, uma réplica desta imagem foi trazida ao Brasil por comerciantes espanhóis que construíram uma igreja para abrigá-la. Com o tempo, a igreja deu lugar ao atual Forte de Copacabana e o nome passou a ser adotado também para designar o bairro e a praia.
Puno e a ilha de Uros
Já no lado peruano do Lago Titicaca, fica a cidade de Puno, que serve de base para conhecer as ilhas flutuantes de Urus, aquelas feitas de plantas, sabe? Parece impossível, mas é isso mesmo: na verdade a ilha foi construída sobre as águas do lago pelos próprios moradores com a chamada totora, uma planta que cresce na região e é tão resistente que suporta família inteiras, serve para construção das casas e também de barcos.
Nós infelizmente não conseguimos conhecer Puno nem a Ilha de Urus, mas pelos relatos das pessoas que foram (inclusive amigos nossos) o programa é imperdível! Para chegar até lá também é possível contratar um tour em alguma agência de Puno (custa cerca de 30 soles) e demora 30 minutos de barco, sendo que um dia é o suficiente para conhecer as comunidades e até dar uma volta em um barco todo feito de totora.
Como chegar ao Lago Titicaca
Imprevistos acontecem em todo mochilão e, é claro, no nosso não seria diferente. Quando fizemos o roteiro, planejamos seguir de La Paz para Copacabana, mas uma greve dos rodoviários fechou as estradas que ligavam as duas cidades e nós não tivemos opção a não ser seguir direto para Cusco, a 12 horas de ônibus de La Paz.
Por sorte, não tínhamos reservado hotel nem passeios, então deixamos o Titicaca para o final. Assim que voltamos para a Bolívia, já nos últimos 4 dias do mochilão, compramos uma passagem de ônibus na agência ao lado do nosso albergue (que saía apenas alguns bolivianos mais caro que na rodoviária, mas compensava) e seguimos viagem na manhã seguinte.
De La Paz até lá são 2h30 de ônibus, sendo que é preciso atravessar uma parte do lago em uma balsa, mas é coisa rápida. Se quiser ir direto para Puno são 4h30 no total e se preferir visitar o lado peruano saindo de Copacabana são 2h. Essa última opção é a ideal pra quem tiver alguns dias disponíveis e quiser visitar os dois lados do lago Titicaca. Com certeza vale a pena!
Onde se hospedar no lago Titicaca
Chegou a hora de contar sobre o hotel dos sonhos…!
Nosso objetivo era ficar em um albergue lindinho que vimos na internet, mas chegando lá descobrimos que estava lotado e que a diária ficava em torno dos 50 dólares (com banheiro coletivo!), o que na época correspondia a mais de 400 bolivianos! Ficamos meio decepcionados e resolvemos sair batendo de porta em porta até achar um lugar legal e com preço justo, sem esquecer de que nosso dinheiro estava acabando.
Como não encontramos nada interessante ou disponível, resolvemos apelar para os hotéis (com cara de granfinos) que ficavam de frente para o lago e foi aí que tivemos a surpresa: o recepcionista do Hotel Estelar del Titicaca disse que a diária custava 120 bolivianos (14 dólares!) e nos levou para ver o quarto… além de ter duas camas grandes de casal (não sei pra que duas, mas ok), um banheiro super ajeitado e limpo e um café da manhã com vários itens, o quarto tinha sacada com uma vista incrível do lago!
Na verdade o hotel nem era assim tão chique, mas o serviço era muito bom. E pra quem vinha se hospedando em albergues com banheiros coletivos e cobertores mal lavados, aquele lugar era o paraíso! Perguntamos novamente o preço e o rapaz confirmou. Subimos achando que na verdade ele tinha falado 120 dólares, mas depois entendemos que o preço era aquele mesmo. Então #ficadica ;)
+ Conheça 7 motivos para fazer (e amar) um mochilão pela América do Sul!
Quando for reservar seu hotel no Tititcaca, não esqueça de usar a caixinha do booking.com que está ali no canto direito do blog ou este banner aqui em cima. Para cada reserva feita por aqui, o Vamos Fugir recebe uma pequena comissão e você não paga nem um centavo a mais!
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