Os principais passeios de Manaus em um roteiro completo de um dia

Ver o encontro das águas, nadar com o boto-cor-de-rosa, experimentar comidas típicas e visitar uma aldeia de índios… Sabia que dá pra fazer todos esses passeios típicos de Manaus em um único dia?! Falando assim, pode até parecer um pouco corrido, mas não é não… nós fizemos e curtimos bastante!

Acho que este passeio é a melhor opção pra quem quer conhecer um pouquinho da floresta e ver as atrações principais da região, sem ter que viajar muito tempo nem dormir na selva. Sem contar que ele é, na medida do possível, “um pouco mais urbano” que os outros mais longos, por isso tem menos mosquitos e mais estrutura turística, mas sem perder a graça e a beleza da floresta.

Principais passeios de Manaus – roteiro de 1 dia

O pessoal da agência te busca entre 8h e 8h30 no hotel ou em algum ponto combinado e te leva até o porto, de onde saem os barcos. Lá um guia se apresenta e acompanha o grupo que está no barco durante todo o passeio.

Encontro das águas

A primeira parada é pra ver o famoso encontro das águas, aquele ponto onde Rio Negro (mais escuro) e Rio Solimões (barrento) se unem, mas continuam correndo lado a lado, por cerca de 6km, sem se misturar. Pelo que o guia disse, isso acontece por vários motivos: primeiro que a temperatura das águas é bem diferente – se der, peça para o guia deixar você colocar a mão na água enquanto o barco muda de um rio para o outro… dá pra sentir claramente essa diferença! O segundo motivo é que as densidades também não são iguais, e o terceiro é que cada um corre em uma velocidade diferente.

Feira de artesanato e animais exóticos

Depois de seguir mais um pouquinho o barco para numa feirinha de artesanato flutuante. Tem bastante coisa bonitinha e típica pra vender e uns bombons de cupuaçu deliciosos! Mas, infelizmente, o que chama atenção lá são os animais exóticos no colo de moradores que esperam por uns trocados em troca de uma foto com o bichinho. Realmente as preguiças são fofas, o jacaré é bonitão e a cobra assustadora, mas não foi a aparência dos animais que mais nos impressionou por lá, mas sim a situação em que eles vivem. Ficamos bem incomodados com aquela multidão de gente gritando na nossa orelha e principalmente nas dos bichinhos, tirando fotos sem noção, passando os animais de colo em colo e até derrubando alguns no chão.

Sei que essa história de exploração de animais para o turismo está sendo cada vez mais discutida, mas parece que ainda falta muito pra surtir algum efeito. Praticamente todos os turistas daquele barco estavam mais preocupados com a selfie que iam postar no facebook do que com a vida do bichinho que foi tirado da floresta e forçado a ficar ali o dia todo. Perguntei pro guia e ele me disse que os moradores trocam as preguiças a cada 15 dias, soltam o jacaré toda noite e pegam outro na manhã seguinte. Talvez seja “menos pior”… mas sinceramente, não curtimos muito essa parte.

Almoço e lago das vitórias-régias

O almoço é servido em um restaurante também flutuante e é um buffet delicioso de comidas típicas. Tem arroz, feijão, macarrão, frango e farofa para os mais tradicionais, mas também várias opções de peixes, frutas e salada com ingredientes locais… muito bom!!

Logo atrás do restaurante tem uma ponte que leva até o lago das vitórias-régias. Pra que nunca viu uma, é bem legal: uma maior que a outra, e algumas tem até formato de coração! Mas a melhor parte são os macaquinhos que ficam nas árvores ao lado da ponte que leva até lá. Alguns até correm pelo corrimão e passam bem perto da gente pra pegar as bananas que o guia dá. Muito fofos!

Boto-cor-de-rosa

Depois do almoço, seguimos para o ponto onde ficam os botos: um dos mais procurados passeios de Manaus. São uns 40 minutos de barco, então dá pra cochilar um pouquinho ou ficar só apreciando a paisagem, porque é nessa parte que o barco passa bem devagar no meio dos igarapés. Dá pra ver a floresta mais de perto, os troncos das árvores mergulhados no rio e ouviu o barulho dos pássaros.É bem bonito!

Chegando lá, o grupo é dividido em dois e um guia treinado entra na água com uns peixes na mão, rapidinho os botos chegam e saltam na água pra conseguir pegar a comida. Como eles são grandes, acabam esparrando nos nossos pés e dá pra sentir a pele meio emborrachada.

Eu gostei muito dessa parte do passeio, mas também fico meio incomodada de pensar que os botos são domesticados… É diferente dos outros animais porque eles continuam soltos no rio, mas existe toda uma polêmica em relação à ficar o dia todo dando comida pra atrair o bichinho e prejudicar o instinto caçador dele. Parece papo de ecochato, mas faz tanto sentido que na época da Copa do Mundo o passeio não saia todos os dias da semana devido ao grande número de turistas. Apesar de este ser um dos principais passeios de Manaus, é preciso tomar cuidado e ter consciência. 

Aldeia indígena

Confesso que me surpreendeu! Imaginei que fosse um negócio totalmente comercial e formatado pra arrancar dinheiro do turista, mas não foi. O Pajé se apresentou na língua deles, depois contou um pouco sobre a aldeia em português e explicou que eles iam fazer uma dança de boas-vindas para nós, turistas. Aí eles começaram a tocar uns instrumentos, dançar e no final chamaram a gente pra participar… foi bem interessante e até emocionante! Depois, a gente dava uma passadinha nas barraquinhas pra ver os artesanatos que eles fazem por lá mesmo. Nada de cocar made in China, lá era tudo autêntico e muito lindo.

Obviamente que eu não esperava que fosse um comunidade 100% intocada – até porque eles falam português e estão super perto da cidade – mas foi mais tradicional do que eu estava imaginando. Eles usavam folhas amarradas na cintura, as mulheres tinham saias feitas de palha (ou algo parecido com isso haha), todos estavam com os rostos pintados, usavam cocar e pulseiras de sementes nos pés e estavam preocupados em realmente mostrar  a cultura deles. Um dos índios até explicou pra gente sobre um adereço que eles usam como se fosse a nossa aliança… gostei muito! Acho que todo brasileiro devia ter a oportunidade de conhecer de perto uma aldeia e ter uma noção melhor das suas origens.

Como fazer estes passeios em Manaus?

Nós fomos com a agência Amazing Tours, à convite do Leonardo Mendes – dono da agência – e recomendamos, primeiro porque nossa experiência foi realmente muito boa e o passeio é lindo, e segundo porque a agência é muito bem recomendada (tem certificado de excelência do Trip Advisor e nota 4,5 de 5).  Como gostamos de ser transparente com vocês, nossos leitores, deixamos claro que todas as opiniões expressas neste post são verdadeiras, independentemente da viagem ter acontecido em parceria com a agência. De qualquer forma, se tiver alguma dúvida sobre esse tipo de parceria, é só dar uma lida neste link.

Quanto custa este combo de passeios de Manaus

Este pacote que nós fizemos custa R$300 por pessoa. Pode parecer um pouco caro, mas leve em consideração que já inclui o buffet de almoço (vc só paga as bebidas à parte) e tem água mineral de graça no barco. Mesmo assim, acho importante dizer que é possível encontrar o mesmo tour por um preço mais baixo, só não sei dizer se a qualidade é a mesma.

Sobre a Amazing Tours:

Os guias da agências são moradores de Manaus e conhecem a floresta de perto. Eles estão prontos pra te passar todas as informações sobre o passeio e também algumas dicas de restaurante pra conhecer ou meios de transporte para utilizar, caso precise. Como Manaus recebe muitos gringos, a agência tem um site totalmente em inglês e outro em português (que é este aqui embaixo) e também guias que falam as duas línguas fluentemente.

Site oficial da Amazing Tours – http://manausjungletours.com/ 
Endereço – Rua. Praia Canoa Quebrada, No. 262, Campos Salles (perto do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes)
Tel – (92) 41019081/ (92) 991867133
E-mail – leonardo@amazingtours.com.br

#PostPatrocinado

Transfer do aeroporto de Manaus para a cidade

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