Na parte 1 do texto sobre os templos de Angkor eu falei sobre todos que fazem parte do Small Circuit, que nós fizemos em nosso primeiro dia de visita ao complexo. Agora, chegou a vez dos templos que compõem o Big Circuit. Na verdade, o roteiro é grande só no nome e nas distâncias, porque a quantidade de templos é menor que no primeiro dia. Por isso, resolvi falar também dos templos que conhecemos no terceiro dia. Olha aí:
Por dentro dos templos de Angkor – Big Circuit
O segundo dia começa beeem cedo, mas como também acaba mais cedo (pq o roteiro é menor), é o momento ideal pra você combinar com seu tuk tuk de ver o sol nascer. Você vai ter que fazer um esforço, mas vai por mim, é muito lindo! *-*
Nascer do sol em Angkor Wat
Nós visitamos Angkor Wat duas vezes: a primeira no final do primeiro dia, como parte do Small Circuit, e a segunda na madrugada do segundo dia, no Big Circuit. Ver o sol nascer lá foi uma das experiências mais marcantes da nossa viagem e talvez até das nossas vidas. Mas pra isso você tem que acordar beeem cedo!
Nós saímos do hotel às 5h e chegamos lá 5h20 (e nosso hotel nos mandou uma marmitinha de café da manhã *-*). O local ideal pra ver o sol nascendo é em frente aos lagos que eu falei, mas quando chegamos o da esquerda já estava lotado e o da direita vazio… parecia estranho, mas resolvemos arriscar. E não é que deu certo?! Conseguimos um lugar bem na frente e alguns minutos depois já estava tudo lotado!
Como sentamos em um lugar bom, conseguimos gravar este vídeo em time lapse com a GoPro, olha só que lindo:
Depois que o dia amanhece ainda dá tempo de curtir mais um pouquinho o templo e depois é hora de seguir para os próximos.
Dicas para visitar Angkor Wat
Dica 1: Não é permitido entrar de regata nem shorts acima do joelho, então é bom levar um chale, ir de camiseta, calça ou bermuda comprida.
Dica 2: Bem em frente à entrada do templo tem várias barraquinhas vendendo café da manhã logo depois que o sol nasce, mas é um pouco mais caro que em Siem Reap. Se quiser economizar, leve um lanchinho.
Dica 3: Para o nascer do sol, leve uma lanterninha ou use a luz do celular, pq é beem escuro e chega a ser um pouquinho macabro entrar por aquele portal às 5h da manhã sem enxergar nada! hahaha =p
Pre Rup
Foi construído no século 10 pelo Rei Rajendravarman. Logo de cara você já consegue ver as três torres construídas no topo e uma escadaria bem grande que leva até lá. É bom ficar esperto nesses degraus, porque cada um é de um tamanho e a escada é bem inclinada. O Pre Rup é bonito e tem alguns animais guardiões esculpidos no canto de cada terraço, como o leão e o elefante, mas é fácil perceber que está muito menos conservado que alguns outros.
Ta Som
Pra ser sincera o templo não seria nada de tão impressionante, já que tem a arquitetura bem parecida com alguns outros que já tínhamos visto “Caras” espalhadas na entrada e saída, detalhes nas paredes e etc… mas o que dá graça á este templo é uma árvore que tem bem lá no fundo. Ela é enorme e simplesmente engoliu toda a saída, formando um túnel por dentro das raízes. Muito impressionante!
Neak Pean
Na real, não curtimos muito esse. Ele não é bem um templo, mas um monumento que consiste em um lago em formato de crucifixo com uma torre que foi construída como um santuário bem no meio, em uma ilha redonda. O lago é famoso por ter propriedades de curas milagrosas.
Não sei se não entendi muito bem o espírito da coisa, mas achei o lugar meio estranho e com uma energia pesada… mas vale ir até lá conferir!
Preah Khan
Construído no século 12 em homenagem ao pai do Rei Jayavarman VII, o templo funcionava como uma cidade e também uma universidade budista. Ele foi um dos maiores projetos deste Rei e também foi escolhido para manter parte das ruínas encontradas na época do descobrimento intactas, por isso em algumas partes o chão é tomado por pedras e tem o acesso fechado.
Entramos no templo e começamos a apreciar seus detalhes e fotografar com calma, até que uma senhora Cambojana nos chamou para seguí-la (tudo com mímica). No caminho ela nos mostrou uma parte de uma raiz de árvore que tinha entrado pelo teto e descido até o chão. Nessa parte eu me senti mais uma vez como se o mundo tivesse acabado e só nós sobramos pra contar história hahaha meio estranho, mas curioso! Depois ela nos levou até uma salinha pequena onde tinha uma imagem do Rei-Deu (só não sei dizer qual era), me deu um incenso e falou pra eu fazer três reverências com as mãos em posição de agradecimento. Claro que eu fiz e já aproveitei pra pedir uma benção e agradecer… nunca é demais né?! hahaha No final ela nos pediu 1 dólar (dessa vez em inglês) e eu até que achei justo dar, pq foi uma visita vip! ;)
Terceiro dia em Angkor
No terceiro e último dia fomos direto para o templo Banteay Srei, o mais distante de todos. Ele fica a 20km do centro de Angkor mas acho que levamos mais de uma hora de tuk tuk pra chegar lá. No caminho passamos por muitas casas à beira da estrada, algumas bem pobrinhas e outras muito maiores e bonitas.
Banteay Srei
Conhecido como “templo das mulheres” ou “templo da beleza” ele faz jus ao nome, tanto que é considerado uma joia da arte Khemer. Apesar de ser pequeno, cada centímetro daquelas paredes avermelhadas é perfeitamente trabalhado e esculpido, formando desenhos lindos e únicos. É tanto detalhe que a gente fica até meio perdido, sem saber pra onde olhar!
Nós gostamos muito deste templo porque, depois de já ter visitados vááários outros nos dois dias anteriores, achamos que seria mais do mesmo, mas não… este é bem diferente e fechou nosso passeio com chave de ouro!
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