E pensar que já faz um ano que te conhecemos, Austrália… Tanta coisa aconteceu até agora que, olhando para trás, parece que já faz muito mais tempo. É estranho, mas o conceito de tempo se tornou tão relativo que um ano caberia facilmente em 5. Nossos horários de trabalho mudaram, nosso corpo foi forçado a se adaptar à um fuso horário oposto, nossa rotina passou a ser cada vez mais imprevisível, nossas certezas passaram a ser dúvidas e nosso conhecimento deu lugar à um aprendizado constante.
Você nos mostrou que uma simples ida ao supermercado se transformou num verdadeiro caça ao tesouro misturado com uma aula de vocabulário. “Será que tem tapioca aqui? Como fala abobrinha em inglês? Onde fica o feijão? Aliás, tem feijão? To com vontade de comer strogonoff. E agora?”
Há um ano nós embarcamos com o coração apertadinho por conta da saudade antecipada da família que ficava pra trás, dos amigos e também de uma série de confortos e bens materiais que deixamos no Brasil. Não foi fácil nos separar de tudo isso, mas a gente sabia que era uma escolha que faria parte tanto daquele momento quanto de muitos outros que ainda estavam por vir…
Viemos para aprender inglês e conhecer uma nova cultura, a gente sempre foi muito curioso em relação às suas belezas naturais e estilo de vida. Mas, por mais clichê que isso possa parecer, você nos fez perceber que o inglês foi o menor dos aprendizados. Não que não tenha melhorado: chegamos no nível intermediário, o famoso “sei me virar bem”, porém era difícil entender esse sotaque Ozy. Mas ao longo deste ano vimos que avançamos bastante e em, alguns momentos, sentimos que “estamos deitando no inglês”. hahaha
Mas o que eu quero dizer com essa história de que o inglês foi o que você menos nos ensinou, é que essas situações em que fomos forçados a nos comunicar – mesmo quando não tínhamos vocabulário suficiente pra isso – foram as que realmente nos ensinaram. Foi passando vergonha na hora de perguntar e nos surpreendendo com a paciência (ou não) de algumas pessoas, que nós acabamos mudando nossa forma de pensar e até mesmo de tratar os outros.
Algo que parecia pequeno e você nos fez perceber mais tarde é que, no dia em que saímos do Brasil, a gente também deixava pra trás muitos conceitos, verdades e referências sem nem se dar conta disso. Aprendemos – da forma mais dolorosa possível – que em TODOS os países existem pessoas boas e ruins: sentimos na pele o que foi ser roubado e humilhado por alguém de um país de primeiro mundo. Também fomos ensinados que – ao contrário da tradicional recomendação que TODO MUNDO recebe antes de embarcar – os brasileiros são sim as pessoas que mais vão te ajudar aqui. Todos os trabalhos que já tivemos foram por indicação de brasileiros; muitas das coisas que aprendemos foi por causa de dicas de brasileiros e todos os amigos que fizemos aqui (e que acabaram se tornando nossa família) adivinha de onde são?
Mas além de compaixão, empatia e revisão de conceitos, a gente também desenvolveu muito nossa humildade e respeito. O melhor exemplo disso é o do “sub-emprego”, como os brasileiros gostam de chamar profissões como garçom, faxineiro, caixa de supermercado, pedreiro e etc… Desde que chegamos aqui, nós trabalhamos com diversas dessas profissões e nunca nos sentimos inferiores à ninguém e muito menos fomos tratados como tal. Além dos salários serem dignos (e não tão desiguais quanto no Brasil), as pessoas têm comportamentos diferentes dos que estávamos acostumados até então e costumam nos tratar muito bem. Aliás, você, Austrália, me mostrou que esse tipo de trabalho é muito duro, mas pode sim ser gratificante.
Outra coisa que você nos ensinou foi lidar com nossos sentimentos. Já disse que não foi fácil sair do Brasil e que sentimos falta de lá, mas tem dias que a saudade bate mais forte que outros. Tem dias em que as dificuldades são maiores e que as dúvidas começam a martelar na cabeça e é nesses momentos que nós repensamos nossas decisões e aprendemos a lidar com a vontade de comprar a primeira passagem para o Brasil e voltar correndo pra casa.
Tem muita gente que nos pergunta: mas por que vocês não voltam? Pra que insistir nisso? Pra que passar alguns perrengues e engolir à seco? Porque você, Austrália, por mais dura que seja, é ao mesmo tempo capaz de nos mostrar o quanto é boa e o quanto pode ser generosa com a gente quando começamos a aprender a lidar com você.
Foi com você que aprendi que uma cidade grande pode ser uma lugar maravilhoso de se morar; que não ter carro e só usar o transporte público pode ser uma escolha e não uma imposição social; que pobres e ricos podem frequentar a mesma praia, o mesmo shopping, a mesma academia e as diferenças poucos são notadas; que um garçom e um médico não têm contas bancárias com mais de 5 dígitos de diferença; e que o conceito de qualidade de vida não se resume a ter um carrão na garagem e sim ter a possibilidade de escrever esse texto enquanto vou para o trabalho de trem e não sentir medo de ser assaltada.
Sei que ainda temos muito para aprender com você Austrália, mas o pouco que já conhecemos neste primeiro ano nos faz ter a certeza de que você é realmente um país pelo qual vale a pena abrir mão de tanta coisa!
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