Viagem para Europa: como planejar do zero em 7 passos práticos

Organizar uma viagem para Europa pode parecer coisa de outro mundo à primeira vista. Mas calma, que a gente te ajuda. Com algumas dicas certeiras, um roteiro bem montado e estratégia, você consegue montar uma viagem dos sonhos sem dor de cabeça e sem gastar mais do que precisa.

Nesse post a gente te conta tudo que aprendemos na prática, planejando nossa própria viagem para a Europa: como escolher os destinos certos, o que saber sobre vistos, como economizar nos deslocamentos, qual a melhor época pra ir para a Europa, como escolher um seguro saúde e até onde reservar hospedagem. Tudo de forma bem realista e compilada aqui pra você não ter surpresas!

Um roteiro bem planejado ajuda muito em uma viagem para Europa. Na foto, o Grand Place, em Bruxelas

Passo 0: faça isso antes de tudo

A primeira coisa pra organizar sua viagem para Europa é definir os países que você quer visitar. Parece óbvio, mas essa etapa influencia tudo: do roteiro ao orçamento.

A Europa tem 50 países no total, e 29 deles fazem parte do Espaço Schengen, um acordo que permite circular entre eles sem passar pela imigração a cada fronteira. Isso facilita (e muito!) a logística da sua viagemEntão aqui vai a dica:

Faça uma lista com os países que você sonha conhecer. Depois, veja se eles estão no Schengen, se estão próximos uns dos outros e se realmente fazem sentido no seu tempo e orçamento. 

Isso já vai te ajudar a montar um roteiro mais inteligente, com uma logística que faça sentido, e assim evitar perrengues lá na frente.

Paris, na França, é um dos destinos favoritos na Europa

Passo 1: precisa de visto para viajar para Europa?

Países do Espaço Schengen

Se você tem passaporte brasileiro e quer saber quais são os documentos necessários para poder fazer sua viagem para a Europa, a notícia é boa: não precisa de visto para entrar nos países do Espaço Schengen (a maioria dos destinos turísticos da Europa). Então dá pra ficar até 90 dias viajando como turista, tranquilamente.

Como disse, ao todo, são 29 países europeus que fazem parte dessa lista. São eles:

Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Suécia e Suíça

Na chegada, você passa pela imigração, responde algumas perguntinhas básicas e já costuma ser liberado. Mas atenção: algumas mudanças estão vindo aí!

ETIAS: o que é e quando começa?

Em breve, o ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) vai ser exigido. 

Ainda não começou, mas a previsão é que entre em vigor em 2026. Ele não é um visto, mas uma autorização eletrônica que deve ser feita online antes do embarque. Vai custar uma taxa simbólica (pelo que tem se falado, será algo em torno de 7 euros) e promete ser bem simples de preencher.

E o Reino Unido?

Ele não faz mais parte da União Europeia, mas desde janeiro de 2025, brasileiros também precisam de uma autorização eletrônica (ETA) para entrar no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). Também é online, custa 16 libras e libera estadias de até 6 meses.

Se o seu destino estiver fora do Schengen ou do Reino Unido, vale sempre dar uma olhada nas regras específicas no site da embaixada ou do governo do país.

Agora, se você não tem tempo (ou paciência) pra lidar com processos extras, uma boa dica é focar nos países do Espaço Schengen mesmo. Como eles permitem circular livremente entre si, sem passar pela imigração a cada fronteira, sua viagem fica muito mais prática.

Use o Schengen como um filtro inteligente: escolha os destinos mais acessíveis e fáceis de combinar entre si. Se quiser, adicione o Reino Unido no final ou começo do roteiro, assim, você resolve tudo de uma vez e evita complicações no meio da viagem.

Foto no tradicional telefone de Londres

Passo 2: seguro saúde obrigatório

O seguro saúde é obrigatório para brasileiros que vão viajar para a Europa (de novo, dentro  do Espaço Schengen). O plano precisa ter cobertura mínima de 30 mil euros para despesas médicas e hospitalares.

Já no Reino Unido, o seguro não é obrigatório, mas a gente recomenda muito que vc faça. Imagina acontecer alguma coisa e você ter que pagar tudo em libras?! Nossa dica: Nomad Insurance Essential, da SafetyWing. É o que nós usamos por aqui.

Esse plano cobre até US$ 250 mil em despesas médicas e hospitalares e ainda inclui coisas que nem todo seguro básico cobre, como: acidentes de trânsito, lesões em atividades esportivas, tratamento de emergência odontológica, consultas médicas, transferência para hospitais mais equipados, perda de bagagem, cancelamento ou interrupção da viagem e pertences roubados. 

Outro diferencial é que você pode contratar mesmo que sua viagem já tenha começado, ou se vc morar fora do Brasil! O plano funciona em mais de 180 países e se você estiver viajando com crianças, dá pra incluir até 2 dependentes de até 10 anos sem custo extra no seu plano. Bem legal pra quem vai em família, né?

Você pode contratar esse seguro para o período total da sua viagem, já com datas de ida e volta específicas, ou também para 4 semanas fechadas, o que funciona muito bem pra quem ainda não tem uma data de volta definida. Nesse caso, a renovação do seguro acontece de forma automática depois das 4 semanas, mas vc pode cancelar sem multa, sem taxa surpresa e sem burocracia quando quiser.

Ter um seguro saúde na Europa, além de obrigatório, te faz evitar perrengues! Na foto, a Basílica do Sagrado Coração, em Paris

Para viagens ainda mais longas

Se você for nômade digital e viver na estrada, ou sua ideia for viajar por um período mais longo, 1 ano ou mais, por exemplo) e passar por vários lugares, a SafetyWing também oferece uma opção que funciona como um plano de saúde, é o Nomad Insurance Complete. Ele inclui tudo o que o Essential cobre e mais alguns extras, como consultas de rotina, terapias, suporte psicológico, proteção contra roubo ou cancelamento de hospedagens, vacinas, checkup de rotina em 175 países diferentes, incluindo o país da sua residência, e até para casos de gravidez (pra esse tem uma carência de 10 meses).

Mas, pra grande parte das viagens turísticas, o Essential já resolve super bem. 

Saúde não é brincadeira, ainda mais em viagem. Então, pesquise bem pra evitar perrengue!

Passo 3: como montar seu roteiro de viagem para Europa

Resolvidas todas as burocracias necessárias, agora vem a parte divertida: montar o roteiro! Antes de sair colocando 10 países em 15 dias, segura a emoção, respira e pensa com calma.

  • Quais países você quer visitar?
  • Quanto tempo tem disponível?
  • Qual o seu orçamento?
  • Algum desses lugares exige visto separado?
Uma das maiores vantagens de Portugal para brasileiros é a língua

Abra o mapa, veja o tempo de deslocamento entre os destinos, e pense na logística da viagem. Muita gente tem a ideia que na Europa é tudo perto e fácil, mas não é bem assim. Então, definir o tipo de transporte é fundamental na hora de montar seu roteiro pela região.

Além disso, não compensa visitar uma cidade por dia e passar metade do tempo no transporte. Às vezes vale escolher menos lugares pra conseguir aproveitar mais!

Como se locomover em uma viagem para a Europa?

A Europa tem um dos sistemas de transporte mais eficientes do mundo. Mas escolher entre trem, ônibus e avião pode fazer toda a diferença no seu bolso e no seu tempo. Então, aqui vai um resumão:

Viagem de trem pela Europa

Viajar de trem pela Europa é a opção queridinha de muita gente, e com razão. É confortável, rápido e as estações costumam ser super centrais, o que facilita bastante e agiliza sua vida também.

Outro ponto positivo? O embarque é simples e rápido. Nada de chegar com duas horas de antecedência, tirar sapato e passar em mil raios-x. Na maioria dos casos, 15 minutinhos antes já resolvem.

Dica de ouro: se comprar com antecedência, as passagens de trem podem sair bem mais em conta – a lógica funciona mais ou menos como a das passagens de avião. 

Viagem de avião low cost na Europa

As companhias aéreas low cost, como Ryanair e EasyJet, são super populares entre viajantes pela Europa, principalmente por oferecerem preços bem atrativos. Mas atenção: tudo é cobrado à parte: bagagem, embarque prioritário, escolha de assento, impressão do bilhete… tudo mesmo.

Logo no momento da compra, você já escolhe entre uma passagem mais básica (que só permite levar uma bolsa pequena que caiba embaixo do assento), ou opções com mais bagagem: 10 kg na cabine ou 20 kg despachados. Mas se você optar pela tarifa básica e depois incluir a bagagem no site, o preço final sai mais barato do que comprar essas opções premium. 

Dica importante: se você já sabe que vai precisar de mala extra, inclua isso na hora da compra da passagem. Sai bem mais barato do que adicionar depois na hora do embarque, e muito mais do que pagar no balcão do aeroporto.

Outro ponto que muita gente esquece: os aeroportos dessas companhias costumam ser bem afastados, muitas vezes ficam até em outras cidades. Ou seja, você precisa considerar também o custo (e o tempo!) de deslocamento até lá, seja de ônibus, trem ou transporte por aplicativo. 

Além disso, voos exigem que você chegue com bastante antecedência, normalmente duas horas antes. Diferente do trem, que é muito mais direto, o embarque aéreo pode ser mais demorado e cansativo, especialmente com as regras de bagagem super restritivas.

Usar ônibus e trem é super comum na Europa. Mas em Lisboa, usamos também carro alugado.

Viagem de ônibus pela Europa

Se o seu deslocamento for curto, o ônibus pode ser a melhor escolha. A gente usou bastante nas nossas viagens, e funcionou super bem!

As rodoviárias costumam ser centrais, as tarifas são bem mais baratas, os horários são variados e, na maioria das vezes, a bagagem já está incluída no preço. Além disso, os ônibus são bem confortáveis, alguns até com wi-fi e tomada individual.

Dica de ouro: app OMIO

Esse app salvou muito a gente. Com ele, você compara todas essas opções (trem, avião e ônibus), conseguindo ver o que é mais barato, rápido ou confortável. Salva muito na hora de decidir!

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Como planejar e organizar seu roteiro de viagem pela Europa

Dica de como montar roteiro pela Europa

O básico em uma viagem internacional onde se pretende visitar vários países é abrir um mapa e ver onde esses países estão localizados, se eles ficam próximos uns dos outros, qual o tempo de deslocamento de um para o outro. Assim, você pode decidir se vale a pena perder todo esse tempo se deslocando. 

Evite colocar muitos países no seu roteiro tendo pouco tempo para visitar todos eles. Não compensa ficar apenas dois dias em cada país, já que eles possuem muitas atrações e coisas para fazer, o que se torna cansativo num só dia.

Além disso, o tempo de deslocamento dentro do país para chegar a esses pontos turísticos também devem ser levados em consideração. Às vezes, você perde 2h só de deslocamento dentro da cidade.

Ao separar esses dias, leve em conta que, se você tem 20 dias de férias, um ou dois dias é o tempo de deslocamento do Brasil para a Europa, depois leve em conta o tempo de deslocamento entre os países da Europa, ex: quanto tempo leva para ir da França para Portugal e de Portugal para a Itália? 

Depois de feito esses cálculos, veja quanto tempo você conseguirá ficar em cada país de forma que possa curtir com qualidade.

Dica para fazer passeios na Europa

As atrações turísticas na Europa costumam ser cheias, especialmente em alta temporada. Para garantir entradas em atrações concorridas como a Torre Eiffel em Paris, você deve comprar ingressos com quinze dias de antecedência ou mais! 

Por isso, é importante se programar bem e definir o roteiro do que vc pretende visitar em cada país. Busque comprar nos sites oficiais das atrações ou no GetYourGuide, que funciona muito bem.

Passo 4: melhor época para viajar para Europa

Aquela resposta clássica: depende. Mas a gente pode te dar uma boa ideia do que esperar em cada estação. O verão europeu, que vai de junho a agosto, é a alta temporada. Ou seja, faz bastante calor, as cidades ficam bem cheias e os preços sobem junto com a temperatura. Mas, se você curte mais agito e dias longos, pode ser uma boa.

Já a primavera (de março a junho) e o começo do outono (setembro e outubro) são os nossos períodos favoritos. O clima é mais agradável (nem tão quente e nem tão frio), tem menos turistas e dá pra encontrar preços melhores em hospedagem e passagens.

No inverno, de dezembro a fevereiro, o frio toma conta e os dias são mais curtos. Mas se o seu sonho é ver neve, visitar mercadinhos de Natal ou até se aventurar numa estação de esqui, essa também pode ser a época perfeita.

A primavera é, de longe, nossa época favorita para visitar a Europa. Na foto, um canal de Amsterdam

Passo 5: hospedagem na viagem para Europa: onde reservar?

A gente costuma alternar entre Booking e Airbnb, dependendo do destino e do estilo da viagem. No Booking, dá pra usar filtros bem úteis que ajudam muito na escolha. Tipo as recomendações e nota mínima dos hóspedes e, principalmente, a localização.

Se quiser economizar, pode escolher uma hospedagem um pouco mais afastada da área turística, mas aí vem a dica de ouro: fique perto de uma estação de metrô. O transporte público na maioria das cidades europeias funciona super bem e isso vai facilitar (e muito!) sua vida.

Já o Airbnb pode sair mais barato que hotel, especialmente em viagens mais longas. Mas vale lembrar que, diferente dos hotéis, ele não costuma incluir café da manhã. Então, ou você acaba gastando a mais com isso fora, ou já reserva um que tenha cozinha (o que pode te ajudar a economizar bastante nas refeições do dia a dia).

Pra te ajudar, temos uma planilha com várias opções de hospedagem pela Europa :)

Airbnb e hotéis são opções de estadia na Europa. Na foto, nosso apartamento em Barcelona

Passo 6: como levar dinheiro pra Europa?

Essa é uma das partes mais importantes que envolve tanto planejamento econômico quanto segurança. Aqui vai nossa sugestão:

Cartão multimoedas

A forma como você vai pagar suas despesas durante a viagem para Europa pode fazer diferença real no seu orçamento. A nossa sugestão é usar um cartão multimoedas. 

Ele tem IOF bem mais baixo que os 4,38% do cartão de crédito tradicional e funciona em vários países com moedas diferentes, o que ajuda muito pra quem vai circular por mais de um destino. Você adiciona saldo em euro, por exemplo, e paga tudo lá como se tive usando um cartão local. 

Além disso, dá pra sacar dinheiro, pagar no débito e até reservar hospedagens com taxas menores. A gente usa e indica o Cartão Wise (como a opção mais prática e segura pra levar dinheiro pro exterior).

Ah, e um lembrete importante: sempre leve uma reserva em espécie ou outro cartão como backup. Imprevistos acontecem e ninguém quer ficar na mão numa viagem.

A forma de pagamento faz total diferença no orçamento da viagem. Foto num café em Paris

Passo 7: internet: chip internacional ou local?

Hoje em dia, ter uma comunicação fácil em viagens não é mais luxo, é necessidade. Até por segurança, pra avisar a família, saber se locomover… E tudo isso se resolve tendo acesso à internet pelo celular. 

Pra isso, você pode comprar ainda no Brasil um chip com pacote válido na Europa toda e já chegar com internet funcionando. E isso é ótimo pra quem não fala o idioma ou precisa se localizar logo de cara.

Viajar conectado não é luxo, é segurança. Na foto, o Monte das Artes em Bruxelas

Mas se quiser economizar, dá pra comprar um chip no aeroporto ou nas lojinhas do centro. Tem pacotes válidos em vários países e sai mais em conta, mas pode exigir um pouco de paciência na hora da compra. Você vai ter que desenrolar na língua na hora de comprar e também instalar.

Então, aqui a escolha é bem pessoal dentro da realidade de cada um, ok?

Viagem para Europa: conclusão

E aí, pronto pra organizar sua viagem para Europa? Planejar com calma e pesquisar bem faz diferença em qualquer viagem, mas é ainda mais essencial em um roteiro internacional, né?

Espero que essas dicas tenham ajudado, mas se ficou alguma dúvida, deixa aqui nos comentários :)

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