Localizada entre o oceano Pacífico e o Deserto do Atacama, Iquique chama atenção por parecer um oásis em meio a tantas montanhas de areia avermelhada, que se estendem pelo litoral norte do Chile. Apesar do contraste, a cidade é muito bem estruturada e tem muitas opções de hotéis, albergues, restaurantes, lojas e baladas. Mas a principal atração da região vem da natureza, e eu não estou falando das praias que também são bacanas, mas sim dos ventos perfeitos.
Iquique é conhecida por ter condições climáticas ideias para saltos de asa-delta e parapente 365 dias por ano, por isso, atrai muitos campeonatos grandes, atletas profissionais e amantes dos esportes radicais aéreos. Pra facilitar ainda mais essa prática, a cidade fica aos pés do Cerro Dragón, uma duna com cerca de 350m de altura, de onde se avista toda a cidade.
O salto
Compramos o salto no próprio hostel (o Backpacker’s Iquique), por 40 mil pesos (R$196) por pessoa e os instrutores passaram para nos buscar no dia seguinte, bem cedo. Depois de pegar mais alguns turistas, lá fomos nós, duna acima.
Lá no alto da duna começaram os preparativos para o salto. Enquanto o instrutor passava as orientações, ao saber que eramos brasileiros, começou a cantarolar e a dançar lambada hahaha. Figura aquele cara, e muito gente boa, o que ajudou a me manter calmo e nem pensar em ter medo do salto. Ele perguntou, em tom de desafio, se podia fazer umas manobras quando estivéssemos voando, e sem pensar duas vezes eu topei na hora! Acho que a Lígia, que só foi me acompanhar, estava com mais medo do que eu! hehe.
E lá fomos nós… Confesso que mesmo já tendo saltado de paraquedas no Brasil, não teve como não sentir aquele friozinho na barriga quando os pés deixaram de tocar o chão. Mas essa sensação durou pouco e em instantes fui tomado pelo incrível sentimento de liberdade. Logo ganhamos mais altura e pude apreciar aquele vista incrível. O contraste visual, onde o deserto só não encontra o mar devido à uma cidade – Iquique – construída entre eles. Algo diferente, mas não menos impressionante de tudo o que já tinha visto durante toda a viagem.
Após alguns minutos de voo, já sobrevoando o mar de Iquique, ao ter minha confirmação de que estava tudo bem, o instrutor começou a fazer algumas manobras. Ganhou e perdeu altura repentinamente e deu alguns giros, o suficiente para o friozinho na barriga voltar, mas ao mesmo tempo muito divertido.
Ao fim do voo livre, pousamos na praia e reencontrei a Lígia, que desceu de van com o motorista da equipe para nos esperar.

Dicas rápidas
Passeios
Além do parapente, outra opção é curtir o fim de tarde na praia. O pôr do sol no oceano Pacífico é lindo e é algo que não conseguimos apreciar no Brasil.
Mais uma dica é o passeio Baquedano. É um calçadão repleto de lojas, bares e restaurantes. Parece ser uma boa opção para aproveitar a noite de Iquique, mas cuidado para não chegar lá e dar de cara com tudo fechado, como aconteceu com a gente!

Hospedagem e Comida
Como não reservamos nenhum hostel antes, demos uma volta pelo centro e encontramos o Hostel Iquique, que apesar de ser um pouco mais caro do que estávamos acostumados a pagar até então, valeu a pena pela localização e bom atendimento.
Ainda sobre o preço das coisas em Iquique, não encontramos nada muito barato. Não sei se ter passado tantos dias aproveitando os preços da Bolívia e do Peru influenciou nossa opinião, mas achamos tudo bem carinho por lá… Nossa melhor opção para economizar e não deixar de aproveitar o lugar foi comprar lanchinhos no supermercado e fazer nosso almoço na cozinha do hostel. #ficadica
Preços e percursos:
Passagem de ônibus de Arica para Iquique – 7 mil pesos (R$34,30)
Tempo de viagem – 5h
Diária no Hostel Iquique – 21.055 pesos p/ o quarto de casal (R$104)
Salto de parapente – 40 mil pesos (R$196) +- 30 minutos de voo
*valores pagos na época da viagem, em maio de 2013.
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1 comment
Adorei ler todas as dicas do seu artigo. Conteúdo excelente!