A cidade de Cusco é um dos destinos certos dos mochileiros que viajam pela América do Sul, já que é o ponto de partida para conhecer a incrível Machu Picchu, que fica a algumas horas de trem ou alguns dias de caminhada – pela Trinca Inca – a partir de lá. A cidade também é muito charmosa e chega a lembrar um pouco Ouro Preto, em Minas Gerais, com suas construções super antigas, paredes grossas, portas e janelas enormes e ruas de paralelepípedos.
Como já dissemos neste outro post sobre o Vale Sagrado, existem muitas atrações interessantes para conhecer em Cusco, tanto no centro da cidade quanto em seus arredores, e seria um desperdício ir até lá só para visitar Machu Picchu. Por isso, no post de hoje nós trouxemos mais uma dica bacana de passeio histórico pra fazer quando estiver por lá: é o tour pelas Ruínas Incas!
Mas antes de começar a falar sobre elas, uma opinião: as ruínas são bem interessantes e te ajudam a conhecer e entender um pouco mais sobre a história e os costumes dos Incas, mas o passeio não chega a ser imperdível. Se tiver pouco tempo e precisar escolher, é melhor conhecer só a última delas – Saqsaywaman – que é bem maior e tem uma vista linda de Cusco, além de várias lhamas fofas e sociáveis.
Outro ponto importante é dizer pra você optar pelos passeios às ruínas Incas logo no primeiro dia (ou antes de conhecer outras ruínas) por que é bem provável que você não ache tão legal se comparado ao Vale Sagrado ou à Machu Picchu e, se fizer desta forma, vai “passando de fase” aos poucos e deixa o melhor para o final. Mas é só uma opinião, tá?
Quais são e o que tem pra ver nas Ruínas Incas?
Tambomanchay
É a mais distante de Cusco. Se puder, passe lá primeiro e vá conhecendo as outras mais próximas da cidade depois. O local também é conhecido como El Banho del Inca por ter banheiras e canais para escoamento da água, que antigamente eram usados para rituais sagrados.
Pukapukara
Funcionava como um forte de guarda que protegia Tambomanchay, que fica bem em frente. A coloração das pedras dá nome ao lugar, que significa “forte vermelho”
Qenqo
Acredita-se que o local tenha sido usado para rituais religiosos e sacrifícios. Aliás a energia do local era até meio pesada, não sei se era da nossa cabeça ou era mesmo a herança dos Incas. As marcas na rocha formam canais de água em zigue-zague que, no idioma quechua, significa qenqo.
Segundo relatos históricos, esta banheira de pedra era usada para sacrifícios durante os rituais religiosos.
Saqsaywaman
Mais preservado dos sítios arqueológicos, Saqsaywaman possui paredões e portais formados pelo encaixe perfeito das rochas. O local é bem grande e seus arredores são muito usados pelos cusquenhos aos domingos para passeios em família, piqueniques e jogos de futebol. Até hoje Saqsaywaman serve de palco para o Inti Raymi, uma das festas mais importantes do Peru – que acontece no dia 24 de junho – em homenagem à Inti, o Deus Sol, e para celebrar o início do ano novo dos Incas.
Essa foi, sem dúvida, a parte do passeio que nós mais gostamos! Olha só as fotos e me diz se não é realmente impressionante:
Como chegar às Ruínas Incas
A cerca de 8km de Cusco, o jeito mais fácil de chegar até lá é contratando uma excursão nas agências de turismo de Cusco ou um taxi que fique à disposição durante todo o tempo que durar o passeio (dá pra negociar por preços aceitáveis). Mas se você preferir inovar, assim como nós, dá pra ir por conta própria. Pra ser sincera, não indico essa opção porque demoramos muito mais tempo, pegamos chuva, andamos pra caramba e o dinheiro que economizamos não compensou (mas o espírito aventureiro do começo da viagem falou mais alto haha).
De qualquer jeito, se preferir ir assim é só pegar um ônibus com destino à Pisaq e descer em Tambomanchay (que é a última ruína entre as 4 deste passeio). A partir dali, você pode ir caminhando para Pukapukara, que é na frente. Para chegar em Qenqo esperamos o próximo ônibus e de lá, pegamos outro até Saqsaywaman. Cada trajeto é cobrado de acordo com o tamanho do percurso, sendo que o mais longo custou 3,50 soles. O maior problema é que os ônibus demoram cerca de meia hora pra passar e te deixam na entrada do sítio arqueológico, aí você precisa andar um tempo até chegar na ruína de fato. Pra voltar a Cusco, negociamos com uma van que estava estacionada em Saqsaywaman e pagamos 10 soles para o casal, até a Plaza de Armas. Acho que foi melhor do que esperar o busão novamente, mas sem dúvida nossa escolha de ir de ônibus não teve o melhor custo benefício.
Preços e percursos
Busão – na época (2013), pagamos cerca de 8,50 soles por pessoa + 5 soles da van na volta
Boleto Turístico
- Boleto integral, com duração de 10 dias e acesso à todas as atrações (menos Machu Picchu) – 130 Soles
- Bolteto de estudante – 70 soles (é preciso apresnetar documentação)
- Boleto parcial – 70 soles (aduração depende do tipo de circuito turístico escolhido e varia antre 1 e 2 dias
Onde compar o Bilhete Turístico de Cusco:
Em qualquer uma das atrações inclusas no bilhete, com exceção do Museu de Arte Contemporânea e Monumento Pachacutec, ou no Balcão Central de Galerias Turísticas – Endereço: Av. El Sol 103.
Se você quiser saber mais informações como o horário de funcionamento das atrações e do Balcão turístico, este é o link oficial do governo com todos os detalhes: http://cosituc.gob.pe/tarifario/
Tempo de passeio – um dia
E você? Já foi pra lá também e tem alguma dica ou experiência pra compartilhar com a gente? Deixe um comentário aí embaixo, a gente adora histórias de viagem e sua dica pode ser útil para outros leitores também! =)
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