Se você está planejando sua Eurotrip, a gente já começa com um conselho de amigo: muita calma nessa hora!
A empolgação de montar o roteiro da viagem pra Europa é real, mas tem alguns erros bem comuns que podem transformar tudo em um festival de perrengue. Por isso, fizemos este post para te ajudar a evitar erros clássicos.
E aí, vamos fugir pra Eurotrip sem complicações?
1. Querer abraçar o continente inteiro em 15 dias
A Europa tem 50 países. Sim, tudo isso mesmo. Sendo assim, são culturas, paisagens e experiências bem diferentes. Então já dá pra imaginar que tentar visitar 9 países em 10 dias não é exatamente a melhor ideia, né?
Uma Eurotrip fica muito mais gostosa quando você desacelera. Ao invés de tentar bater ponto em tudo que vê pela frente, escolha menos destinos e explore com calma. Assim, você vai aproveitar mais e gastar menos tempo (e dinheiro!) com deslocamentos.
Dica prática: monte uma lista dos países que você mais quer conhecer e veja se eles estão no Espaço Schengen (vamos falar disso logo aqui embaixo). Isso vai facilitar muito a sua logística!
2. Ignorar as regras do Espaço Schengen
Como prometido, bora falar rapidinho sobre esse tal de Espaço Schengen. Aqui vai um resumão: ele nada mais é do que um acordo entre 29 países europeus que permite circular entre eles sem precisar passar por imigração toda vez que cruzar uma fronteira. Ou seja, se você tá fazendo uma Eurotrip passando por vários países, é como se fosse tudo uma coisa só.
Mas tem uma regrinha importante que muita gente esquece: quem tem passaporte brasileiro pode ficar no máximo 90 dias, a cada período de 180 dias, como turista dentro desses países.
Isso não significa 90 dias em cada país, tá? É 90 no total, somando tudo. Passou disso? Tem que ter um visto apropriado, ou pode acabar tendo dor de cabeça na imigração, o que ninguém quer no meio da viagem.
Então fica de olho no calendário, planeja direitinho sua viagem para Europa e respeita o limite de dias. Assim você curte tudo sem stress e ainda evita problemas que podem atrapalhar (ou até encurtar) suas férias.
3. Viajar sem seguro saúde (não dá mais!)
Sim, a gente sabe: ninguém gosta de pensar em perrengue antes de uma viagem. Mas a real é que o seguro saúde é obrigatório pra quem vai fazer uma Eurotrip, pelo menos se o seu destino estiver dentro do Espaço Schengen, que, como falamos, inclui boa parte dos países da Europa.
A regra é clara: tem que ter uma cobertura mínima de 30 mil euros pra despesas médicas e hospitalares. Sem isso, você pode até ser barrado na imigração.
E não é só questão de exigência, não. Imagina precisar de atendimento médico fora do Brasil e ter que arcar com os custos do próprio bolso em outra moeda, tipo o euro? Um simples torcicolo ou uma ida ao pronto-socorro pode sair muito caro em países como França, Alemanha ou Holanda.
Fora que, dependendo do país, nem atendimento público você consegue acessar se não estiver coberto.
Então, a nossa dica é ir além do básico e escolher um plano que realmente te proteja, e que caiba no orçamento da sua viagem para Europa.
A gente usa e recomenda o Nomad Insurance Essential, da SafetyWing. Ele cobre até US$ 250 mil, funciona em mais de 180 países e inclui várias coberturas que outros planos deixam de fora: atividades esportivas (tipo esqui e trilha), emergências odontológicas, pertences roubados, internação, exames e muito mais.
O melhor? Dá pra contratar mesmo se a sua viagem já tiver começado ou se você estiver morando fora do Brasil. Além disso, você pode contratar esse seguro para toda a duração da sua viagem, com datas de ida e volta já definidas, ou então optar por um plano de 4 semanas fixas, que é ótimo pra quem ainda não tem uma data de retorno definida.
Nesse caso, o seguro é renovado automaticamente após as 4 semanas, mas você pode cancelar a qualquer momento, sem multas, taxas extras ou complicação burocrática.
E se estiver viajando em família, ainda tem um bônus: você pode incluir até dois filhos de até 10 anos sem custo adicional.
Se sua viagem se prolongar…
Se você é nômade digital e viaja o tempo todo ou se sua viagem for mais longa (1 ano ou mais), a SafetyWing oferece uma opção chamada Nomad Insurance Complete. Além da cobertura do plano Essential, ele inclui extras como consultas de rotina, terapias, apoio psicológico, proteção contra roubo ou cancelamento de hospedagens, vacinas, check-ups regulares em 175 países, incluindo o seu país de residência, e até cobertura para gravidez (com uma carência de 10 meses).
Mas para a maioria das viagens turísticas, o plano Essential já atende muito bem.
Seguro saúde é uma daquelas coisas que a gente espera nunca usar, mas quando precisa, faz TODA a diferença.
4. Carregar o armário inteiro na mala
Viagem para Europa pode parecer puro glamour nas fotos, looks estilosos, cenários de filme, vibes de cinema europeu… Mas a realidade envolve bastante perrengue logístico: escadarias intermináveis, ruas de pedra que fazem a mala pular igual pipoca, metrôs sem elevador, e aquele sobe-e-desce com bagagem que ninguém mostra no Instagram.
Se você estiver com uma mala grande, pesada e cheia de tralha que nem vai usar, isso tudo vira uma tortura ambulante.
Fora que as companhias aéreas low cost, que são muito usadas em Eurotrip, cobram uma fortuna por bagagens maiores. Ou seja, além de carregar peso à toa, você ainda gasta mais.
Então, uma dica de ouro pra sua viagem pela Europa é: menos é mais. Leve só o essencial, aposte em roupas que combinem entre si (o tal do armário cápsula funciona que é uma beleza) e não subestime o poder de uma boa mochila.
Ela quebra o galho nos passeios, cabe debaixo do banco do avião e ainda salva nos deslocamentos mais curtos.
5. Acreditar que voo low cost é sempre mais barato
Falando em voos low cost, é impossível planejar uma Eurotrip sem esbarrar nas promessas tentadoras das companhias desse tipo, né? Passagens por 10, 20, 30 euros?
Parece irresistível, mas nem tudo que reluz é ouro. Já ouviu esse ditado?
Empresas como Ryanair, EasyJet, Wizz Air e cia realmente oferecem preços baixos. Mas, na prática, muita vira um serviço adicional pago: bagagem de mão, mala despachada, escolher o assento, embarque prioritário, refeição… Até imprimir o bilhete pode ter taxa! Daí, quando você soma tudo, o valor pode facilmente ultrapassar o de um voo convencional.
E tem mais: esses voos costumam sair de aeroportos mais afastados do centro das cidades, o que significa gasto extra com transporte e um bom tempo perdido no trajeto até lá.
Moral da história? Antes de sair comprando pela empolgação do preço, pesquisa e faz as contas.
Às vezes, ir de trem ou ônibus sai mais barato, você chega mais rápido e é bem menos estressante.
6. Ir só com cartão de crédito do Brasil
Esse é um erro clássico de quem vai fazer a primeira viagem pra Europa: confiar 100% no cartão de crédito brasileiro.
Parece prático, né? Mas o susto vem depois, quando chega a fatura. O IOF alto em compras internacionais e uma bela facada no orçamento.
Por isso, uma das melhores dicas é: leve um cartão multimoedas. A gente usa a Wise (e recomenda muito!) porque dá pra carregar saldo em euro (ou outro moeda da europa) e usar o cartão como se fosse local, pagando no débito direto da sua conta. Também dá pra sacar dinheiro, pagar hospedagem, reservar passeios e até usar no metrô, tudo isso com um IOF bem menor.
Ah, e não esquece do plano B! Ter outro cartão ou um pouco de dinheiro em espécie é essencial pra lidar com imprevistos.
Por esse link você abre sua conta de graça e ganha isenção de taxa na primeira transferência de até 500 libras ou moeda equivalente.
7. Esquecer dos adaptadores de tomada
Sabe aquele detalhe que parece bobo, mas pode virar um pesadelo? É isso. As tomadas mudam de país pra país na Europa, e o seu carregador brasileiro provavelmente não vai funcionar na maioria deles.
Imagina chegar cansado na hospedagem, precisar carregar o celular pra ver o mapa e a programação do dia seguinte e descobrir que o plugue não entra na tomada? Um clássico da Eurotrip despreparada.
Então, anota aí: adaptador universal (como esse aqui) é item essencial na mala. Vale cada centavo, porque garante que você não vai ficar na mão em nenhum país da sua viagem para Europa.
8. Deixar pra comprar ingresso na hora da Eurotrip
Outro erro clássico de quem embarca numa viagem para Europa sem planejar direito: achar que vai chegar na Torre Eiffel e comprar o ingresso ali, na hora, como se estivesse indo ao cinema do shopping (hehehe).
Spoiler: não vai rolar. As atrações mais famosas da Europa vivem lotadas, especialmente em alta temporada.
O Louvre, o Coliseu, a Sagrada Família… tudo isso bomba tanto que, muitas vezes, os ingressos esgotam dias antes.
Se você quer aproveitar bem sua Eurotrip e evitar perrengues, compre os ingressos com antecedência, de preferência online. Além de garantir sua entrada, você economiza tempo em filas gigantes.
E uma dica bônus: vários museus europeus têm entrada gratuita em alguns dias do mês, o Museu Picasso, em Barcelona, por exemplo, libera no primeiro domingo do mês. Dá pra economizar e ainda garantir o passeio cultural!
9. Comer só nos lugares mais turísticos
Você tá numa viagem para Europa e quer viver o melhor de cada país, então é fácil cair nessa armadilha: lugares perto dos pontos turísticos, caros, cheios de gente e, muitas vezes, com comida bem sem graça.
Quer ter uma experiência mais autêntica (e gastar menos)? Fuja do centro e vá explorar bairros menos óbvios.
Outra dica infalível: pergunte pra um morador onde ele costuma comer, as chances de acertar em cheio são grandes.
E se quiser economizar ainda mais durante a sua Eurotrip, que tal um piquenique? Vai no mercado, compra uma baguete fresquinha, um queijo local, um vinhozinho… e pronto: tá servido um jantar maravilhoso com vista pro pôr do sol em Paris, Roma ou onde você estiver.
10. Não conferir os feriados locais na sua Eurotrip
Na empolgação de montar o roteiro da viagem para Europa, muita gente esquece de olhar o calendário de feriados.
E aí, chega no destino achando que vai visitar três museus, pegar um trem pra outra cidade e ainda fazer umas comprinhas… só pra descobrir que tá tudo fechado porque é feriado nacional. Pois é. Acontece e atrapalha muito a Eurotrip de quem não se planeja.
Então, antes de marcar as atrações, deslocamentos ou até aquele jantar especial, vale dar uma olhadinha nos feriados dos países por onde você vai passar.
Além de evitar surpresas, você ainda pode ajustar o roteiro pra aproveitar melhor os dias úteis, e quem sabe até pegar alguma comemoração local ou festival, o que deixa tudo ainda mais especial.
11. Ignorar as diferenças culturais
Na sua Eurotrip, você vai cruzar várias fronteiras com uma facilidade incrível, em poucas horas de trem. Mas, mesmo estando tudo ali pertinho, os costumes mudam bastante de um país pro outro. E não perceber isso pode causar umas situações meio esquisitas (ou até constrangedoras).
Tem lugares em que dar gorjeta é regra não escrita. Em outros, nem se espera.
Em alguns países, usar roupas cumpridas é sinal de respeito, especialmente em igrejas e templos. Até o jeito de se comportar em restaurantes ou no transporte público varia bastante.
Então, na sua próxima viagem para Europa, tire um tempinho pra pesquisar o básico sobre cada cultura, é rapidinho e pode evitar uns bons micos.
Conclusão
A viagem pela Europa é o sonho de muitos brasileiros, por isso, vale a pena se planejar bem pra que ele não vire um pesadelo.
E aí, pronto pra planejar sua Eurotrip sem perrengues? Com essas dicas, seu roteiro pode ficar mais leve, mais barato e muito mais legal. E, claro, com mais chances de dar tudo certo do começo ao fim!
Bora arrumar as malas?
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